Fã da Marvel, Dr. Estranho tem grupo “Wakanda” com outros traficantes
Preso em flagrante nesta sexta-feira (18/10), o traficante apelidado de Dr. Estranho tinha várias referências ao Universo Marvel
atualizado
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Apelidado de Dr. Estranho pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), o homem de 26 anos preso por tráfico de drogas nesta sexta-feira (18/10) estava em um grupo de mensagens no WhasApp com outros traficantes com o nome de “Wakanda”.
Ele e outro fornecedor de entorpecentes, de 37, foram alvo de mandados de busca e apreensão nesta manhã. Moradores do Gama, ambos foram presos em flagrante.
Os mandados foram cumpridos pela 5ª Delegacia de Polícia (Área Central), responsável pela Operação Doutor Estranho — nome que faz referência ao perfil usado pela dupla no WhatsApp para vender as drogas. Os dois atuavam nas estações de metrô da Asa Sul e em shoppings da região.
“O curioso é que esse Dr. Estranho tinha um grupo de mensagens com outros traficantes que se chamava ‘Wakanda’. Acho que eles eram bem fãs da Marvel”, revela o delegado Rafael Catunda.
O delegado ainda explicou que as investigações começaram apenas com o traficante apelidado de Dr. Estranho. Porém, em determinado momento, ele contatou o outro criminoso e o envolveu nas apurações.
“Um sujeito pediu um tipo de droga que ele não tinha. Então, o Dr. Estranho contatou o outro traficante, o que o fez entrar na investigação”, conta.
Operação deflagrada
Durante a operação, os investigadores cumpriram dois mandados de busca e apreensão no Gama, onde encontraram drogas, como maconha, skunk e ecstasy, além de balanças de precisão e outros materiais usados na venda das substâncias ilícitas.
O traficante mais novo foi preso dentro de um ônibus, enquanto trabalhava como cobrador. O mais velho foi preso em casa, onde uma arma de fogo com balas foi encontrada dentro do fogão. Além dele, a esposa também foi detida. Os três foram presos em flagrante e devem passar por audiência de custódia no sábado (19/10).
A polícia informou que o homem mais velho já tinha antecedente criminal por tráfico de drogas.
“A investigação, que resultou na operação, envolveu a análise de dispositivos eletrônicos apreendidos, nos quais foi identificado um canal de venda virtual usado pelos traficantes para organizar e distribuir as drogas”, destacou a PCDF.
Os suspeitos mantinham contato com clientes por meio de plataformas digitais, em que promoviam as vendas e agendavam a entrega de grandes quantidades de entorpecentes.
Os dois detidos devem responder pelos crimes de tráfico de drogas e posse irregular de arma de fogo. Somadas, as penas passam dos 20 anos de reclusão.