Exército suspende registro de CAC de homem que atropelou e matou a ex
Wallison Felipe de Oliveira, 29, atingiu a ex três vezes com o próprio carro. Ele também atropelou a mãe e a filha da vítima
atualizado
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O Exército Brasileiro informou que vai cancelar o registro de colecionador, atirador e caçador (CAC) de Wallison Felipe de Oliveira (foto em destaque), 29 anos. Ele foi flagrado atropelando a ex-companheira Juliana Barboza Soares, 34, até a morte, na noite dessa terça-feira (20/8), no Gama.
Em nota, o Exército confirmou que Wallison é registrado como CAC. “Informamos, ainda que, após o recebimento da notificação oficial, o Exército suspenderá o certificado de registro e iniciará o processo de cancelamento do referido documento”, afirmou o órgão.
Wallison foi preso por agentes da da 14ª Delegacia de Polícia (Gama), na manhã desta quarta (21/8). Segundo a Polícia Militar do DF (PMDF), o suspeito tinha em casa, uma pistola e uma espingarda calibre 22, e estaria portando a pistola no dia do crime.
Cenas fortes
Wallison atropelou Juliana três vezes, por volta das 23h dessa terça-feira (20/8), na Quadra 3 do Setor Sul do Gama. Além da ex, o criminoso atingiu a mãe dela, Maria do Socorro Barboza Soares, 60, e a filha da primeira vítima, 5. As duas estão hospitalizadas, mas passam bem. O autor abandonou o carro e fugiu a pé.
Assista aos vídeos do atropelamento:
“Maluco e agressivo”
O relacionamento entre Juliana e Wallison era marcado por ciúmes e episódios de ameaça. Em novembro de 2022, Juliana registrou uma ocorrência contra Wallison por ameaça e lesão corporal no âmbito da Lei Maria da Penha. Na ocasião, a mulher relatou aos policiais que o casal tinha seis meses de relacionamento, e que o homem teria se tornado “uma pessoa maluca e agressiva” após tomarem algumas bebidas em um bar.
Quando voltaram para casa, Wallison teria ido embora da residência levando consigo a bolsa e os documentos de Juliana. Posteriormente, em conversa telefônica, o homem teria dito que não iria devolver os pertences da companheira e afirmou que iria matá-la.
Em depoimento, ela teria dito que o então namorado teria registro de Colecionador, Atirador e Caçador (CAC) e que andava armado para todos os lugares. Segundo a mulher, Wallison tinha em posse várias armas e munições em casa, “um verdadeiro arsenal”.
Diante da situação, a mulher requereu medidas protetivas contra Wallison. No entanto, algum tempo depois, teria pedido pela revogação da proteção.