metropoles.com

Exército ordenou que policiais “não tocassem em barracas” no QG, diz coronel da PM a CPI

Declaração de subsecretária da Secretaria de Segurança Pública do DF detalha ordens do Exército protegendo manifestantes no QG

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Vinícius Schmidt/Metrópoles
Coronel Cíntia Queiroz PMDF
1 de 1 Coronel Cíntia Queiroz PMDF - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

Em depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara Legislativa, a coronel da Polícia Militar do Distrito Federal Cíntia Queiroz detalhou que o Exército protegeu os bolsonaristas que estavam acampados em frente ao Quartel-General de Brasília. “Não era permitido tocar nas barracas”, afirmou Cíntia.

10 imagens
Este será o sétimo depoimento que os parlamentares irão colher sobre a tentativa de golpe
Coronel Cíntia Queiroz é subsecretária de Operações Integradas da Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF)
Ela foi responsável por elaborar o Protocolo de Ações Integradas (PAI) da pasta sobre atos contra o resultado das urnas
Deputado distrital Chico Vigilante (PT) é o presidente da CPI
Deputado Hermeto (MDB) é o relator
1 de 10

Nesta quinta (27), teve outra sessão da CPI dos Atos Antidemocráticos

Vinícius Schmidt/Metrópoles
2 de 10

Este será o sétimo depoimento que os parlamentares irão colher sobre a tentativa de golpe

Vinícius Schmidt/Metrópoles
3 de 10

Coronel Cíntia Queiroz é subsecretária de Operações Integradas da Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF)

Vinícius Schmidt/Metrópoles
4 de 10

Ela foi responsável por elaborar o Protocolo de Ações Integradas (PAI) da pasta sobre atos contra o resultado das urnas

Vinícius Schmidt/Metrópoles
5 de 10

Deputado distrital Chico Vigilante (PT) é o presidente da CPI

Vinícius Schmidt/Metrópoles
6 de 10

Deputado Hermeto (MDB) é o relator

Vinícius Schmidt/Metrópoles
7 de 10

A CPI aprovou requerimentos de novas convocações

Vinícius Schmidt/Metrópoles
8 de 10

Os generais Augusto Heleno, Gustavo Henrique Dutra e Golçalves Dias, além da líder dos atos Ana Priscila Azevedo, estão entre os próximos convocados.

Vinícius Schmidt/Metrópoles
9 de 10

Deputada Jaqueline Silva

Vinícius Schmidt/Metrópoles
10 de 10

Marília Ferreira Alencar já prestou esclarecimentos à CPI, mas, também teve a reconvocação aprovada na sessão

Vinícius Schmidt/Metrópoles

A CPI investiga os atos antidemocráticos de 12 de dezembro e 8 de janeiro. Cíntia Queiroz é subsecretária de Operações Integradas da Secretaria de Segurança Pública do DF (SSP-DF) e participou de ações no QG, que, segundo ela, não acabaram com a desmobilização do ato golpista devido às ordens do Exército.

“Por três vezes o Comando Militar do Planalto solicitou apoio para retirada do comércio ambulante. A gente tinha expectativa, quando chegava nas reuniões, que era para retirar o acampamento, mas eles diziam que era para retirar o comércio ilegal. Não era permitido tocar nas barracas, na cozinha coletiva, na tenda religiosa. A orientação que a gente tinha era essa”, detalhou.

Cíntia ressaltou que era desejo do governador Ibaneis Rocha (MDB) e do então secretário de Segurança Pública, Júlio Danilo, a retirada do acampamento, mas houve dificuldade por parte da PM, por se tratar de uma área do Exército.

“Foram feitas três tentativas de retirada. O movimento crescia, havia preocupação do governador e do secretário, todo mundo queria retirar o acampamento, mas era área do Exército, a gente precisava de autorização do Comando Militar do Planalto.”

Em nota à reportagem, o Exército afirmou que “os fatos estão sendo apurados por parte das autoridades competentes”. “A Instituição segue à disposição dos Órgãos que esclarecem os acontecimentos, a fim de contribuir com as investigações em curso, sendo que quaisquer informações solicitadas serão prestados exclusivamente aos mesmos”.

A coronel Cíntia foi responsável por elaborar o Protocolo de Ações Integradas (PAI) da SSP sobre atos contra o resultado das urnas, marcados para os dias 7, 8 e 9 de janeiro. Em março, ela foi indiciada pela Corregedoria da PMDF em um dos cinco inquéritos que apuram a conduta de militares no dia 8.

O Metrópoles mostrou que protocolos de ações elaborados pela SSP antes de manifestações em Brasília apontavam um planejamento mais firme contra atos LGBTs, passeata estudantil e Marcha da Maconha do que na contenção de protestos antidemocráticos. Orientações sobre a dimensão das ameaças e a condução de possíveis presos, por exemplo, não aparecem no PAI anterior à tentativa de golpe de janeiro.

Em depoimento à Polícia Federal, que também investiga possíveis omissões ou conivência de autoridades diante dos atos antidemocráticos, Cíntia disse que a PMDF agiu de forma atípica ao não elaborar planejamento próprio para a manifestação que culminou na invasão e depredação das sedes dos Três Poderes, além do PAI da SSP, avaliando isso como algo “raro”.

A subsecretária contou à PF que cabia à Polícia Militar do DF, por meio de planejamento próprio, reforçar o policiamento ostensivo e empregar tropas especializadas. O Departamento de Operações seria o responsável por esse serviço.

Veja um resumo dos primeiros depoimentos da CPI:

 

 

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comDistrito Federal

Você quer ficar por dentro das notícias do Distrito Federal e receber notificações em tempo real?