Exército faz balanço de 2023 e é criticado: “Continência a comunista”
Em mensagem de fim de ano nas redes, Exército faz balanço de 2023 e recebe críticas de “patriotas”, que insistem no perigo do “comunismo”
atualizado
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O Exército publicou uma mensagem de fim de ano com o balanço de 2023 e passou a receber uma série de críticas nas redes sociais, a maioria de “patriotas”. No vídeo postado neste sábado (16/12) no X, antigo Twitter, o comandante do Exército, general Tomás Miguel Ribeiro Paiva, fez uma retrospectiva das ações das Forças Armadas neste ano. Os internautas criticaram, citando o “comunismo” e publicando imagens de melancias.
A melancia é uma analogia de que os militares seriam verdes por fora, mas vermelhos, ou seja, comunistas, por dentro. “O treinamento é árduo e serve para bater continência para comunista e aceitar esse caos que o Brasil se tornou”, reclamou um patriota. “O Exército abandonou o povo no momento de maior clamor. Vergonha”, postou outro. “Não permita que comunismo possa se instalar no nosso Brasil, como está se desenhando”, disse um internauta.
Na mensagem de Tomás Miguel, o comandante traz palavras que afastam a política das tropas. Ele afirma, por exemplo, que em 2024 o Exército vai ter “cada soldado preocupado com as coisas de soldado”.
Em 2023, o Exército esteve no centro de discussões políticas após o ano se iniciar com uma manifestação golpista de apoiadores de Jair Bolsonaro (PL), em 8 de Janeiro, inflamada principalmente por patriotas que estavam desde o fim de 2022 acampados em frente ao Quartel-General.