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DF: peritos confirmam que corpos são de bebês trocados em hospital

PCDF concluiu os exames genéticos na tarde dessa sexta-feira (20), menos de 18 horas após a exumação de um dos corpos

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1 de 1 Paranoa-street-840×510 - Foto: Google/Reprodução

O Instituto de Pesquisa de DNA Forense (IPDNA), da Polícia Civil do Distrito Federal, concluiu os exames dos natimortos trocados no Hospital Regional do Paranoá (HRP). A perícia concluiu que os bebês foram confundidos na unidade de saúde.

Os peritos médicos-legistas do Instituto de Medicina Legal (IML) e do IPDNA realizaram, na última quinta-feira (19), a exumação do bebê que havia sido enterrado no Cemitério de Planaltina por engano. Os peritos do IPDNA também coletaram amostras da natimorta que ainda está no necrotério do hospital.

Com o material biológico dos bebês e das amostras biológicas dos pais, coletadas anteriormente no IPDNA, os peritos fizeram as análises genéticas utilizando uma técnica desenvolvida pelo próprio instituto e conseguiram concluir os exames genéticos na tarde dessa sexta-feira (20), em menos de 18 horas após a exumação.

“O grande desafio, neste caso, era conseguir o perfil genético em corpos cujo óbito ocorreu há quase 30 dias. O processo natural, após a morte, é que os tecidos biológicos vão entrando em decomposição. Então, quanto mais tempo passa para fazer o exame, mais difícil é obter o DNA”, explicou o diretor do IPDNA, Samuel Ferreira.

Relembre o caso
Dois bebês nasceram mortos e foram trocados no necrotério do Hospital Regional Leste, antigo Hospital Regional do Paranoá, em junho. Um deles chegou a ser enterrado por uma das famílias em luto. Depois que o equívoco foi notado pelos funcionários da unidade de saúde, o corpo foi exumado.

O hospital admitiu a culpa no caso e abriu um procedimento interno para apurar responsabilidades. O equívoco teria ocorrido por causa dos nomes dos pais, que são parecidos: Fabrícia da Silva Borges, 29 anos, e Francisco Faustino, 39, perderam um menino com 37 semanas de gestação; e Francisca Nalani Fabrício, a outra mãe, a qual esperava uma menina e estava com 20 semanas.

Francisca Nalani Fabrício teria dado entrada no hospital em 20 de junho, sentindo fortes dores abdominais e sem saber que estava grávida. Um procedimento cirúrgico de emergência foi realizado para a retirada do feto, o qual já estava morto.

“Esse feto acabou sendo trocado com o de outra família que também perdeu um bebê, cujos pais se chamam Fabrícia da Silva Borges e Francisco Faustino. A semelhança entre os nomes dos pais teria confundido a equipe médica. Assumimos o erro e pedimos desculpas aos familiares. É um caso inédito para nós. Nunca tínhamos lidado com isso”, explicou, à época, o diretor do hospital, Leonardo Ramos.

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