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Ex que esfaqueou servidora do TSE até a morte é condenado a 24 anos

O Tribunal do Júri de Brasília entendeu que o crime ocorreu com o agravante de quatro qualificadoras

atualizado

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Mulher sorri para foto
1 de 1 Mulher sorri para foto - Foto: Reprodução

O vigilante Alan Fabiano Pinto de Jesus foi condenado nesta quarta-feira (1º/12) a 24 anos de prisão pelo feminicídio da servidora do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Luciana de Melo Ferreira, 49 anos. Ela foi esfaqueada 48 vezes.

A sentença foi proferida pelo Tribunal do Júri de Brasília e considerou quatro qualificadoras contra o ex-namorado da vítima: uso de meio cruel, modo que impossibilitou defesa da vitima, motivo torpe e feminicídio.

“Hoje, após quase dois anos de sofrimento e angústia, a família da Luciana recebeu o veredicto que tanto aguardava, a condenação de Alan nos exatos termos da denúncia”, explica a advogada da família, Daniela Tamanini.

O crime ocorreu em 21 de dezembro de 2019 e chocou a capital federal. Os peritos criminais encontraram 48 perfurações no corpo da servidora. Vários ferimentos foram sobrepostos e se concentraram na parte cervical posterior, ou seja, a maioria dos golpes foi desferida nas costas, de forma brutal e covarde.

Luciana de Melo: a mulher perseguida até a morte após romper relação abusiva

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Delegado Ricardo Viana
Polícia Civil faz perícia no apartamento onde Luciana foi morta
Perícia da PCDF foi ao local do crime
Prédio no Sudoeste Econômico onde Luciana morreu
Parentes estavam inconsoláveis
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Alan Fabiano

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Polícia Civil faz perícia no apartamento onde Luciana foi morta

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Parentes estavam inconsoláveis

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Muito abalada, a filha de Luciana não quis falar com a imprensa

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Geraldo Sousa, zelador do prédio onde a vítima morava

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As investigações apontam que Alan ficou de tocaia no quarto andar do prédio onde a ex morava, no Sudoeste. Quando Luciana percebeu a presença do ex-namorado no corredor, tentou bater a porta, mas ele a impediu com as mãos e forçou a entrada no apartamento.

O assassino chegou a confessar o crime e disse que foi ao local para tentar retomar o relacionamento com a vítima, mas a mulher não quis ouvi-lo.

As mesmas câmeras que flagraram a invasão de Alan também registraram o instante em que ele deixa o local. Vestido com uma calça vermelha, camisa de capuz e com a bolsa da vítima na mão, o assassino desceu os degraus silenciosamente, com cuidado, para não ser visto.

Em determinado momento, apressa o passo e deixa o prédio. Os investigadores acreditam que a intenção de carregar consigo os pertences de Luciana era para simular um latrocínio (roubo com morte).

O outro lado

A advogada de Alan, Kelly Moreira, disse que “lamentavelmente, a decisão dos jurados não está de acordo com a prova dos autos. Em virtude disso, e por considerar que a mesma não faz justiça e não está de acordo com a prova dos autos, a defesa irá recorrer da decisão”.

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