Ex-presidente do PHS vira réu por apropriação de verba eleitoral
Eduardo Machado, ex-presidente do PHS, é acusado de emitir declarações falsas e se apropriar de verba do fundo eleitoral
atualizado
Compartilhar notícia
O Ministério Público Eleitoral denunciou Eduardo Machado e Silva Rodrigues, ex-presidente do extinto Partido Humanista da Solidariedade (PHS), por se apropriar de verbas eleitorais. A Justiça aceitou a denúncia e tornou Eduardo réu.
Segundo o MP, o ex-presidente do PHS, atualmente incorporado ao Podemos, emitiu declarações falsas em prestações de contas e se apropriou de forma indevida de valores do fundo eleitoral. O juiz Lizandro Garcia Filho, da 1ª Zona Eleitoral do Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal (TRE-DF), tornou Eduardo Machado réu.
A denúncia cita que ele tinha um modus operandi irregular na entrega das prestações de contas, que foi percebido nas declarações à Justiça Eleitoral referentes aos anos de 2015 e 2016
Segundo a acusação, o ex-presidente partidário registrava valores em notas fiscais em nome de empresas, mas o dinheiro era embolsado por ele mesmo. Dados bancários do investigado embasaram a apuração do MP Eleitoral.
Em 29 de abril de 2016, por exemplo, Eduardo Machado teria declarado duas notas fiscais nos valores de R$ 2.905,00, pagas a uma empresa de eletrodomésticos, e R$ 1.171,00 para o pagamento de serviços automotivos. “Na verdade, todos os valores foram apropriados indevidamente pelo denunciado”, concluiu o Ministério Público Eleitoral.
Já em 27 de abril de 2017, houve uma movimentação maior de dinheiro. Ele teria inserido em um documento de prestação de contas que havia recebido verbas salariais do partido, no total de R$ 341.728,93. Mas o PSH declarou que, na data mencionada, não houve relação de pagamentos de natureza trabalhista ou eventuais ressarcimentos em favor do denunciado.
A reportagem não conseguiu contato com Eduardo Machado e Silva Rodrigues. O espaço segue aberto para manifestação.