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Ex-mulher diz que deputado Hermeto colocou arma em sua cabeça

Depois que o TJDFT determinou que o parlamentar se mantenha a 300 m de distância de Vanusa Lopes, ela apresentou boletins de ocorrência

atualizado

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Brasília (DF), 11/06/2019  – Evento: Sessão na câmara legislativa  –  Local Câmara Legislativa  Foto: JP Rodrigues/ Metrópoles
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Ocorrências feitas pela ex-mulher do deputado Hermeto (MDB), Vanusa Lopes, mostram que os episódios de violência chegaram às vias de fato em pelo menos duas oportunidades. Entre 2001 e 2002, a vítima relatou ter tomado uma “gravata” em frente a um quartel da Polícia Militar (PMDF). E em outra ocasião, de acordo com o documento, uma arma foi apontada para a cabeça dela.

Vanusa enviou os boletins para a reportagem depois que o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) determinou, com base na Lei Maria da Penha, que Hermeto mantenha 300 metros de distância da ex-parceira.

A medida protetiva passou a valer na quarta-feira (30/10/2019) e, segundo a ex-companheira do emedebista, foi motivada por violência psicológica, moral e destruição da reputação dela.

O deputado e ex-policial militar é um dos membros da Comissão Parlamentar de Inquérito do Feminicídio da Câmara Legislativa.

Discussão

De acordo com as ocorrências, em 2001, Vanusa compareceu a uma delegacia de polícia e registrou que, em setembro daquele ano, durante uma discussão do casal em um bar, Hermeto teria se descontrolado e colocado a arma na cabeça dela. Para evitar um mal maior, a ex-mulher do acusado seguiu para casa.

No mesmo depoimento, Vanusa chegou a dizer que havia sido agredida outras vezes. Afirmou que o distrital tinha acompanhamento psiquiátrico, era ciumento, violento e fazia uso de medicamentos controlados.

A ex-parceira de Hermeto relata ainda que pediu a separação, mas que o distrital não aceitava. Pontuou ainda que não fez as denúncias antes para não prejudicá-lo.

Ainda em 2001, Vanusa contou aos agentes que estava no Hospital Regional do Guará. O parlamentar, à época sargento da Polícia Militar, discutiu com uma pessoa e tentou invadir o local. Entretanto, acabou sendo contido por vigilantes e uma guarnição policial que chegou à referida unidade de saúde. Na saída, Hermeto teria destruído o carro do casal, usado pela denunciante. Ao voltar para a residência, ele teria dito que mataria a esposa.

Veja a primeira ocorrência:

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Fita cassete

Em 2002, os episódios de violência envolveram o filho dos dois. Nos últimos dias de dezembro do ano anterior, Hermeto teria ouvido uma fita cassete onde Vanusa falava que gostava de uma outra pessoa. Enfurecido, o distrital levou a criança embora de casa. Depois, ligou ameaçando a mulher e afirmando que ela não voltaria para a moradia do casal.

Com isso, Vanusa foi ao quartel onde Hermeto trabalhava e pegou o garoto. Já do lado de fora, o então policial militar a alcançou e deu uma “gravata” na companheira. Ela tomou a arma do hoje deputado e arremessou contra ele.

Em seguida, o parlamentar puxou de volta o menino, voltou para o quartel e, de carro, saiu em disparada. Vanusa precisou ser escoltada até a casa dos pais. Mais tarde, Hermeto foi à casa do sogro e disse que mataria a mulher e a pessoa com quem ela fosse morar junto.

Veja a segunda ocorrência:

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Resposta

Advogado de Hermeto, Mário Neto afirmou que as denúncias fazem parte de uma campanha caluniosa, devido ao fato de Vanusa não aceitar a separação nem a repartição dos bens do casal. Segundo o defensor do distrital, as ocorrências nunca prosperaram ou viraram processo por falta de provas.

Mário Neto diz ainda que a relação entre Hermeto e Vanusa sempre foi conturbada e seria de praxe esse tipo de atitude da ex-mulher do parlamentar, por ele ser uma pessoa pública.

“Um boletim de ocorrência é uma fala unilateral. Só faria sentido se elas tivessem prosperado. Entretanto, toda vez que era para dar prosseguimento, a própria Vanusa se retratava. Por isso, não tem credibilidade”, enfatizou Mário Neto.

Ainda na quinta-feira (31/10/2019), Hermeto negou as acusações e afirmou que os motivos para a denúncia são a recusa dele em reatar o relacionamento e sua participação na CPI do Feminicídio. O deputado, inclusive, pontua que já previa a atitude da ex-companheira no pedido de divórcio.

“Eu é que entrei com o pedido de divórcio há mais de um mês, porque ela me traiu. Eu coloquei na petição, há um mês. Ela não aceita que eu não queira voltar para casa, estou feliz e namorando”, afirmou o parlamentar.

E disse mais: “Nesta sexta, vou entrar com pedido, com meu advogado, para que ela seja enquadrada por denúncia caluniosa. Fui eu que saí de casa e a bloqueei em todas as minhas redes sociais e no WhatsApp. Ela faz isso no momento em que eu estou na CPI para destruir minha imagem política”.

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