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Ex-ministro do TSE afirma que Adriana Villela “pratica a verdade”

Amigo da família, Pedro Gordilho diz que a acusada não contrataria um assassino. Ele é a primeira testemunha deste domingo

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1 de 1 Julgamento-Adriana-Villela - Foto: André Borges/Especial para o Metrópoles

Acusada de ser a mandante do assassinato dos pais e da empregada da família, no caso conhecido como crime da 113 Sul, Adriana Villela encara o sétimo dia de julgamento. Primeira testemunha de defesa deste domingo (29/09/2019), o ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Pedro Gordilho era amigo de José Guilherme Villela e Maria Villela, pais da arquiteta.

O ex-magistrado contou ter conhecido Maria Villela na década 1950 e José Guilherme, que o sucedeu na cadeira do TSE, nos anos 1960. Desde então, manteve contato com o casal e conheceu a família dos amigos. O ex-ministro testemunhou a favor da filha dos Villelas. “Uma pessoa que pratica a verdade, a bondade e a beleza não contrata assassino para matar os próprios pais”, declarou.

Uma das provas usadas pela acusação para apresentar relacionamento conturbado entre pais e filha é uma carta redigida por Maria Villela à Adriana, de 2006. No texto, a mãe da ré afirma estar “cansada dos destemperos” da arquiteta. Gordilho comentou tratar-se de um “episódio apenas e momento grave”. Pontuou ainda que isso “acontece em todas as famílias”.

Evento de homenagem

O ex-ministro lembrou-se de evento oferecido pelos Villelas para homenagear Adriana após a conclusão do mestrado da filha sobre desenvolvimento sustentável com foco na reciclagem de vidro. “Para mim, significou um grande gesto de amor que os pais tinham por ela e que ela tinha por seus pais. Me recordo do momento em que José Guilherme se levantou e começou a aplaudir de pé”, detalhou.

Procurado pela família após o triplo homicídio, Pedro Gordilho disse ter indicado os advogados das áreas cível e criminal para cuidarem dos processos na Justiça. Até a manhã deste domingo (29/09/2019), o júri de Adriana Villela durou 65 horas. É o julgamento de réu único mais longo da história do Distrito Federal.

A arquiteta e jornalista é acusada de ser a mandante do triplo homicídio de José Guilherme, Maria Villela e da empregada do casal, Francisca Nascimento Silva. Eles foram mortos a facadas – 73 no total –, em 28 de agosto de 2009.

Adriana teria contratado o ex-porteiro do prédio dos Villelas Leonardo Campos Alves para matar os pais por R$ 60 mil. Ele, por sua vez, teria prometido dar R$ 10 mil a Francisco Mairlon Barros Aguiar para executar o crime. Sobrinho de Leonardo, Paulo Cardoso também foi acusado pelo esfaqueamento do trio. Julgados e condenados, os três estão presos.

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