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Ex-médico que abandonou a mãe em hospital deixa prisão sem pagar fiança

Lauro Estevão Vaz Curvo recebeu direito à liberdade provisória. Ele estava preso desde 4ª por abandonar a mãe, de 93 anos, em hospital

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Imagem do ex-médico ginecologista Lauro Estevão Vaz Curvo, filho de Zely Alves Curvo, mulher morta em incêndio em Águas Claras no último dia 31 de maio. Leandro está de camiseta branca, sem óculos.
1 de 1 Imagem do ex-médico ginecologista Lauro Estevão Vaz Curvo, filho de Zely Alves Curvo, mulher morta em incêndio em Águas Claras no último dia 31 de maio. Leandro está de camiseta branca, sem óculos. - Foto: Reprodução/redes sociais

A Justiça do Distrito Federal concedeu, nesta quinta-feira (18/5), liberdade provisória ao ex-médico Lauro Estevão Vaz Curvo, 63 anos. Ele estava preso desde quarta-feira (17/5), por abandonar a mãe, de 93, no Hospital Militar de Brasília (Hmab). A liberação da cadeia ocorreu sem necessidade de pagamento de fiança.

Na decisão, a 8ª Vara Criminal de Brasília o proibiu de se ausentar do Distrito Federal por mais de 30 dias sem comunicar à Justiça.

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Em 2016, ex-médico foi condenado por abuso sexual mediante fraude. Ele teve o registro médico cassado em 2021
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Lauro havia sido preso anteriormente por abandonar mãe em hospital

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Em 2016, ex-médico foi condenado por abuso sexual mediante fraude. Ele teve o registro médico cassado em 2021

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Lauro foi preso em flagrante na quarta-feira (17/5), após o Hmab acionar a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) e informar sobre o abandono da idosa — ela tinha recebido alta havia 30 dias, mas o ex-médico se recusava a levar a mãe para casa.

O registro profissional dele junto ao Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal (CRM-DF) está cassado, pois, em 2021, o então ginecologista foi condenado pelo crime de violação sexual mediante fraude.

Informações da entidade mostram que Lauro também teve os documentos cassados nos estados de Goiás e do Amazonas.

Condenação por abuso sexual

Entre 2009 e 2010, Lauro foi acusado por duas pacientes de tocá-las indevidamente durante exames clínicos, no Centro de Saúde nº 1, em São Sebastião. À época, uma delas tinha 17 anos e estava grávida.

O então ginecologista foi condenado em primeira e segunda instâncias, em 2013, mas recorreu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Em 2016, a Corte analisou recurso apresentado pela defesa do ex-médico e decidiu reduzir a pena, com manutenção da perda do cargo público.

No processo, constava que Lauro havia sido demitido por fatos semelhantes quando era médico militar, com patente de capitão, no Exército Brasileiro. Ainda assim, ele conseguiu ingressar no serviço público do DF, como ginecologista, no Centro de Saúde de São Sebastião.

Em nota, a defesa do médico cassado informou que a liberação da cadeia ocorreu porque “o crime supostamente cometido nem de longe é suficiente para a manutenção da prisão, como estabelece o Código de Processo Penal, bem como não necessita de fiança”.

“É importante destacar que ele efetivamente não abandonou a genitora no hospital. Muito pelo contrário. Ele estava presente em todos os momentos da internação, até porque é tão somente ele quem cuida dela. Inclusive, no ato da prisão, estava no hospital. Todavia, como alguém graduado em medicina, ele teve o cuidado de não tomar decisões precipitadas e levá-la para casa sem todos os cuidados necessários para o bem-estar [da paciente], vez que é uma senhora de 93 anos, com problemas de saúde graves, que necessita de maior amparo médico”, comunicou o advogado Matheus Moraes, que representa Lauro.

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