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Ex-jogador do Fluminense e da Seleção é preso em operação no Mané

Também foi detido o presidente da Federação de Futebol do Distrito Federal, Daniel Vasconcelos

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Roni
1 de 1 Roni - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

Ex-atacante de times como Fluminense e Flamengo, o empresário do ramo esportivo Roniéliton Pereira Santos, 42 anos, ou Roni, que já passou inclusive pela Seleção Brasileira, foi um dos alvos de uma operação deflagrada pela Polícia Civil do Distrito Federal no Estádio Mané Garrincha na tarde de sábado (25/05/2019). Ele foi preso em um camarote da arena, assim como o presidente da Federação de Futebol do Distrito Federal, Daniel Vasconcelos. Ambos são suspeitos de fraudar renda de jogos.

A ação da PCDF ocorreu durante a partida entre Palmeiras e Botafogo válida pela sexta rodada do Campeonato Brasileiro 2019. O jogo terminou em 1×0 para o time paulista. Foram cumpridos sete mandados de prisão temporária e 19 de busca e apreensão expedidos pela 15ª Vara Federal Criminal da Seção Judiciária do Distrito Federal. A operação foi coordenada pela Divisão de Crimes contra a Ordem Tributária (Dicot) da Polícia Civil.

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Daniel Vasconcelos, presidente da Federação de Futebol do DF, também foi preso
Um dos presos tentou fugir
Delegados chegam ao estádio para efetuar as prisões
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Daniel Vasconcelos, presidente da Federação de Futebol do DF, também foi preso

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Um dos presos tentou fugir

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Delegados chegam ao estádio para efetuar as prisões

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Ex-atacante Roni

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Policiais chegam ao estádio

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Policiais civis chegam ao estádio

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Operação Episkiros da PCDF: busca e apreensão em carros dos empresários que estavam estacionados no estádio nacional

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Operação Episkiros da PCDF: busca e apreensão em carros dos empresários que estavam estacionados no estádio nacional

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Operação Episkiros da PCDF: busca e apreensão em carros dos empresários que estavam estacionados no estádio nacional

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O Metrópoles flagrou o momento em que as equipes da Polícia Civil chegaram ao estádio, entre 15h30 e 15h45, antes do início da partida, prevista para as 16h. Três carros pretos descaracterizados tiveram acesso à arena pela entrada de serviço, de frente para o autódromo, seguidos por uma viatura.

Os detidos estavam em áreas VIPs do estádio. Foram surpreendidos enquanto a bola rolava em campo e levados para a delegacia da arena, que fica no segundo subsolo. No momento da abordagem, Roni estava acompanhado dos seguranças, que ficaram posicionados na porta da unidade policial. Um dos presos tentou fugir, mas foi pego logo depois. Roni é o principal operador das partidas de futebol dos clubes cariocas fora do estado do Rio de Janeiro.

Segundo a PCDF, a operação, embasada em inquérito policial instaurado na Dicot, mira grupo criminoso especializado em fraudar o erário na realização de jogos de futebol. A investigação aponta indícios de ocorrência dos crimes de estelionato majorado, associação criminosa, falsidade ideológica e sonegação fiscal.

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Roni sendo conduzido por policiais no Mané Garrincha

 

Foram mais de 150 policiais envolvidos na ação. De acordo com a PCDF, os alvos elaboravam os boletins financeiros (borderô) inserindo dados falsos. Informavam ainda a arrecadação a menor, conseguindo com isso pagar menos impostos e, no caso do Distrito Federal, valor inferior de aluguel do estádio, uma vez que tanto os tributos quanto a locação são calculados com base na arrecadação total.

Responsável pela operação, o delegado Leonardo de Castro disse que a diligência teve início há quase um ano e meio. “Detectou-se que um grupo de empresários trazia jogos para Brasília e outras praças e sonegava impostos por meio da arrecadação na bilheteria”, ressaltou.

O investigador disse que seis pessoas foram presas dentro do estádio. Entre eles, Roni, Leandro Brito, seu sócio, e Daniel Vasconcelos. “O sétimo foi detido em outro endereço do DF. Eles ainda são suspeitos. O objetivo da operação é levantar provas para levar a materialidade do crime”, detalhou o delegado. Os demais alvos seriam funcionários da empresa do Roni e um do estádio que organiza os eventos esportivos em Brasília.

Buscas
Os mandados foram cumpridos na casa dos investigados, em empresas, na Federação Brasiliense de Futebol e no Estádio Mané Garrincha. Os locais estão distribuídos em Brasília, Luziânia (GO) e Goiânia (GO). Na capital goiana, a Polícia Civil foi até o escritório de Roni no sábado (25/05/2019).

De acordo com a PCDF, as buscas visam “delinear eventuais condutas criminosas apuradas no inquérito, bem como elucidar, de maneira eficiente e precisa, a existência ou não de vínculo entre os investigados”. A polícia suspeita da participação de outras pessoas no suposto esquema.

O nome da operação — Episkiros — é uma referência ao jogo com bola criado na Grécia antiga que pode ter sido a origem do futebol moderno, bem como pelo fato de a palavra episkiro poder significar jogo enganoso.

Mercado milionário
O ex-jogador Roniéliton Pereira Santos é dono da empresa Roni7 Consultoria, fundada em 2012. O empresário costuma lucrar milhões com as partidas. Seu sócio, Leandro Brito, também foi preso. Ele é dono do site Meu Bilhete.

Em 2016, Roni foi o responsável pela produção de cinco dos oito jogos das quatro grandes equipes cariocas. As partidas movimentaram R$ 7 milhões. No ano anterior, o ex-atleta desembolsou R$ 1 milhão para oferecer um voo fretado e tentar convencer a diretoria do Cruzeiro a tirar o jogo da primeira rodada do Campeonato Brasileiro de Brasília.

Inicialmente, a empresa era voltada para agenciar jovens jogadores, mas o contato com os grandes clubes fez com que Roni expandisse os negócios. A produtora passou a pagar as cotas dos clubes, as taxas das federações e custos como viagens, seguranças e funcionários envolvidos nos jogos.

Roni se destacou em clubes como o Fluminense e o Rubin Kazan da Rússia. Atuou em cinco partidas pela seleção do Brasil de Vanderlei Luxemburgo, inclusive a vice-campeã na Copa das Confederações do México/1999.

Procurada, a Federação de Futebol do Distrito Federal ainda não se manifestou, bem como a assessoria de Roni e do site Meu Bilhete. O espaço continua aberto para os representantes dos presos na operação.

(Colaboraram com esta reportagem os repórteres Isadora Teixeira, Fernando Caixeta e Larissa Rodrigues)

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