Ex-distrital sobre docente morto: “Filho de eleitor de Bolsonaro”
Irônica, a frase de Patrício faz menção ao fato de o pai do educador, um sargento da PMDF, supostamente ser eleitor do presidente
atualizado
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O ex-deputado distrital Patrício (PDT) recebeu uma enxurrada de críticas e comentários agressivos nas redes sociais após seu perfil no Twitter publicar uma mensagem sobre a morte do professor Hebert Silva Miguel, 26 anos. A frase faz menção ao fato de o pai do docente, um sargento da Polícia Militar, supostamente eleitor do presidente Jair Bolsonaro (Sem partido).
“Triste, e o pior é que é eleitor do Bolsonaro”, diz o post. O posicionamento provocou a indignação de militares, que inundaram os perfis do ex-PM e publicaram uma série de críticas e ofensas.
Diante do cenário negativo, o ex-presidente da Câmara Legislativa do DF (CLDF) publicou uma nota de esclarecimento justificando a postagem, deletada na noite desse sábado (08/03).
A nota foi publicada no mesmo perfil do Twitter onde a ofensa foi proferida. “Venho por meio dessa nota pedir desculpas pela postagem em meu perfil do Twitter, sobre a morte do filho do Sgtº Maxuell, o professor assassinado friamente e covardemente em um assalto em uma parada de ônibus. Nada vai atenuar a dor de um pai que perdeu seu filho abruptamente, essa não é a lógica da vida”, ressalta a nota.
Pedido de desculpas
O ex-PM prosseguiu afirmando que não foi ele quem publicou a frase. Segundo Patrício, a postagem teria sido obra de uma assessora, que teria sido demitida após a polêmica.
“Nada vai apagar a irresponsabilidade da pessoa que postou essa insensatez…não se pode politizar a dor ou qualquer sofrimento e jamais aceitei isso em toda minha vida pública. Jamais fiz política pessoal e jamais farei. Como pai e com o sangue policial militar que corre nas minhas veias em anos de serviço, não posso admitir tal fato, por isso, além da exclusão da postagem, decidi pela demissão da assessora, mesmo sabendo que não há como reverter o fato cometido por ela. Meus sentimentos à família do Sgtº Maxuel e meu respeito!”, finaliza a nota assinada.
O Metrópoles ligou diversas vezes para o ex-distrital para que ele comentasse a postagem e as críticas recebidas nas redes sociais, mas ele não atendeu as ligações. O espaço para a manifestação do ex-distrital continua aberto.