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Ex-comandante da PM diz que PF não avaliou reflexos de prisão de indígena em 12/12; acompanhe

Naquela data, apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) atacaram forças policiais, tentaram invadir a sede da PF e atearam fogo em ônibus e carros

atualizado

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Bolsonaristas tentam invadir sede da PF, entram em confronto com a polícia e causam terror no centro de Brasília após indígena ter prisão decretada pelo ministro Alexandre de Moraes. Ônibus incendiado por manifestantes - Metrópoles
1 de 1 Bolsonaristas tentam invadir sede da PF, entram em confronto com a polícia e causam terror no centro de Brasília após indígena ter prisão decretada pelo ministro Alexandre de Moraes. Ônibus incendiado por manifestantes - Metrópoles - Foto: Matheus Veloso/Metrópoles

O ex-comandante da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) Fábio Augusto Vieira afirmou que a Polícia Federal (PF) “não avaliou os reflexos” da prisão de um indígena bolsonarista em 12 de dezembro de 2022.

Naquela data, os agentes federais cumpriram um mandato de prisão contra José Acácio Serere Xavante, o Cacique Tserere, e apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) tentaram invadir a sede da PF, queimaram ônibus e carros, depredaram uma delegacia e entraram em confronto com as forças de segurança.

“Esse dia 12 foi uma situação que a Polícia [Militar] nem tinha conhecimento. Nós estávamos na posse do procurador geral do MPDFT. […] Por volta das 19h, a Polícia Federal resolveu cumprir um mandado sem comunicar a Secretaria [de Segurança Pública] ou as forças de segurança, e não avaliou os reflexos do que poderia ocorrer naquela operação”, criticou.

A declaração do ex-comandante da PMDF foi dada nesta quinta-feira (11/5), na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos, da Câmara Legislativa (CLDF). Acompanhe a CPI:

Fábio Augusto era questionado sobre os motivos que levaram a PMDF a não prender ninguém responsável por aqueles atentados contra a democracia. Além de citar uma suposta falta de diálogo da PF, ele ressaltou que policiais militares com equipamentos pesados, como os usados pela tropa de choque, não conseguem fazer esse trabalho facilmente.

“De repente, a gente se viu instalado em um caos na Área Central, próximo ao período natalino. Os shoppings e hotéis estavam lotados. O policiamento que chega primeiro não tinha qualquer proteção individual. Quando nos deslocamos de imediato, foi tentando se conter para preservar as vidas ali. Quando partiram os efetivos, o de choque anda com equipamento pesado, não consegue efetuar a prisão.”

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Clientes dentro de shopping aguardam diminuição da movimentação próximo à sede da PF
Manifestantes atearam fogo em carro em posto de gasolina próximo à sede da PF
Os manifestantes também tentaram bloquear a via W3 Norte, ateando fogo em cones
A força de segurança foi reforçada no hotel Meliá 21, local em que o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva está hospedado
Manifestantes atearam fogo em carros na área central de Brasília
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Manifestantes atearam fogo em carros na área central de Brasília

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Clientes dentro de shopping aguardam diminuição da movimentação próximo à sede da PF

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Manifestantes atearam fogo em carro em posto de gasolina próximo à sede da PF

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Os manifestantes também tentaram bloquear a via W3 Norte, ateando fogo em cones

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A força de segurança foi reforçada no hotel Meliá 21, local em que o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva está hospedado

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Ao menos cinco ônibus foram queimados

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Botijões de gás espalhados em pista

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Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) ateiam fogo em diversos carros pela capital federal

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Bombas, tiros e gás de pimenta foram usados para tentar evitar a invasão ao prédio da Polícia Federal

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Ele ainda lembrou um fato que chamou atenção da tropa, que percebeu que havia 150 crianças no Brasília Shopping precisando ir para casa, mas o ônibus deles estava sob ameaça. O coronel comandava a corporação em 8 de janeiro, quando bolsonaristas radicais invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes.

Vieira chegou a ficar preso por 24 dias por suspeita de omissão no momento dos ataques, mas foi solto em 3 de fevereiro após relatório elaborado pelo então interventor da segurança pública no Distrito Federal, Ricardo Cappelli, apontar que ele não teve responsabilidade direta na falha de ações contra os atos.

Na decisão em que liberou o ex-comandante-geral da cadeia, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ressaltou que o policial “esteve presente na operação, foi ferido no combate direto aos manifestantes e não teve as suas solicitações de reforços atendidas”.

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