Ex-candidatos na corrida ao GDF se dividem entre apoio a Lula ou Bolsonaro
Reeleito em primeiro turno, Ibaneis Rocha já declarou apoio a Bolsonaro, assim como o senador Izalci, enquanto Grass e Leila seguem Lula
atualizado
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A disputa para o Governo do Distrito Federal acabou com a vitória em primeiro turno de Ibaneis Rocha (MDB), mas os candidatos seguem em divergências, agora na corrida presidencial. Dois dias após o início da campanha do segundo turno, entre Lula (PT) e Jair Bolsonaro (PL), políticos que brigaram pelo Buriti começaram a anunciar apoios. O petista teve 48,43% dos votos e o atual presidente 43,20% neste último domingo (2/10).
Eleito com 50,30% dos votos da população do DF, Ibaneis vai declarar oficialmente a campanha por Bolsonaro nesta quarta-feira (5/10), mas já adiantou nesta terça (4/10), em entrevista ao Metrópoles, que está do lado do atual presidente.
“Estou confiante que haverá uma virada muito importante neste segundo turno, com a vitória do presidente Bolsonaro. Estarei com ele amanhã [quarta-feira]. A gente faz o anúncio oficial do apoio. Depois, semana que vem, vou a São Paulo fazer um check-up de saúde. No retorno, me engajo na campanha, desde já pedindo a todos os apoiadores, aos deputados eleitos e os que não foram eleitos também, para que a gente trabalhe juntos pela eleição de Bolsonaro”, declarou.
Outro que soma à campanha a favor do atual chefe do Executivo federal é o senador Izalci Lucas (PSDB). “Vou apoiar o presidente Bolsonaro no segundo turno, porque o considero a melhor opção para o Brasil. Participei de todas as CPIs que investigaram as denúncias contra a gestão do PT. Não esqueço o que vi e ouvi. Estarei sempre defendendo o que é melhor para o Brasil e para os brasileiros”, escreveu, em nota.
O quarto melhor colocado na disputa ao GDF, Coronel Moreno (PTB), também já vinha declarando apoio ao candidato conservador, mesmo antes da notícia do segundo turno presidencial. Já o segundo mais votado pela população da capital terá papel importante na campanha do concorrente petista.
Leandro Grass (PV), que recebeu 434.587 votos e ficou com 26,25%, integra o comitê de campanha de Lula no DF. “Bolsonaro fez piada e imitou pessoas que estavam morrendo sem ar por causa da Covid, menosprezou a perda de milhares de brasileiros e disse que não era coveiro, defendeu a tortura, assumiu sonegar impostos e adquiriu imóveis milionários com dinheiro vivo, disse que a fome no Brasil era uma grande mentira. […] Não há razões para votar em Bolsonaro.”
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Leila do Vôlei (PDT) também se junta à esquerda no segundo turno presidencial. Em nota, ela seguiu o tom utilizado pelo partido. “O PDT anunciou apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno. Acato a decisão da Executiva Nacional, justamente por entender que os partidos defendem pautas comuns, com o fortalecimento da educação, da cultura, das instituições brasileiras e das legislações trabalhistas”, pontuou.
Keka Bagno (Psol) também já vinha declarando voto em Lula. “É sobre ter comida no prato, enfrentar as violências, garantia de orçamento nas políticas públicas e ‘esperançar’! Reconstruir o Brasil. Eu amo meu país e por isso estou com Lula”, escreveu nas redes sociais.