Ex-alunas da UnB são selecionadas para programa internacional de empreendedorismo
Trata-se da primeira edição do programa no Brasil, que já selecionou empreendedoras na África do Sul, Nigéria e Quênia
atualizado
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A Alma Mater Mentoria Feminina, projeto voluntário fundado por ex-alunas da UnB, foi selecionado para o Future Females Business School, iniciativa do governo britânico iniciada nesta segunda-feira (8/3) e que ajuda empreendedoras a desenvolver negócios de impacto social, por meio de um programa de aceleração de três meses.
Trata-se da primeira edição do programa no Brasil, que já selecionou empreendedoras na África do Sul, Nigéria e Quênia. Lançado em 2020, Alma Mater é um projeto de mentoria e desenvolvimento de carreira voltado para estudantes da Universidade de Brasília.
“São 50 startups que vão passar por mentorias e cursos focados para alavancar. São encontros e estudos semanais ao longo do curso com “formatura” prevista para 7 de junho”, conta Larissa Ushizima, ex-aluna de Relações Internacionais da UnB e fundadora da Alma Mater ao Metrópoles.
O projeto é composto por 26 mulheres: 13 alunas e 13 que atuam na mentoria. Sobre a seleção para o programa internacional, Larissa demonstra enorme felicidade.
“Sentimento de muita surpresa e alegria. Nascer como projeto voluntário e vê o potencial de crescimento além da UnB, nos dá muita alegria”, diz.
Em sua primeira edição, foram selecionadas 13 alunas, das quais 70% ingressaram pelo sistema de cotas. Ao longo de seis meses, as estudantes participam de sessões individuais de mentoria com profissionais experientes, além de receber aconselhamento sobre carreira e processos seletivos.
“Mais de 30% dos jovens brasileiros entre 18 e 24 anos estão desempregados. Eu senti na pele a angústia sobre o que fazer depois da universidade e por onde começar. O apoio de uma rede de mentores foi determinante para conseguir meu primeiro emprego e, anos depois, iniciar meu mestrado no exterior”, revela Larissa.
Para impactar um maior número de jovens e apoiá-las na busca pelo primeiro emprego, Larissa acredita que o caminho seja criar uma startup que faça exatamente essa ponte entre universidade e mercado de trabalho.
“O que nos motivou a participar de um programa como o Future Females é a possibilidade de transformar o projeto voluntário em uma startup na área de educação e recrutamento, e ampliar a nossa atuação para todo o Brasil. Sabemos que mulheres representam apenas 15% dos fundadores de startups e recebem menos de 3% do volume de investimento feito por fundos de venture capital. Ainda assim, a tecnologia é a chave para potencializar o projeto e alcançar mais jovens mulheres pelo país”, desta a empreendedora.