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Estupro, roubo e morte: assassino de Pedrolina é condenado a 39 anos

Rômulo Ramos Siqueira foi considerado culpado pelo Tribunal do Júri de Brasília pelo homicídio qualificado, roubo e estupro da vítima

atualizado

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Pedrolina
1 de 1 Pedrolina - Foto: Reprodução

Rômulo Ramos Siqueira, apontado como o assassino da auxiliar de serviços gerais Pedrolina Silva, 50 anos, em setembro de 2019 foi condenado, nesta quarta-feira (20/7), a 39 anos de prisão. Ele foi considerado pelo Tribunal do Júri de Brasília culpado pelo homicídio com quatro qualificadoras, estupro e roubo dos bens da vítima.

O homem trabalhava como vigilante no Serviço de Limpeza Urbana (SLU), próximo ao local onde a mulher foi morta, em um matagal da L4 Sul. A investigação conduzida pela 1ª DP (Asa Sul) chegou ao suspeito após quebra do sigilo telefônico que permitiu comprovar a presença dele no local do crime na hora do assassinato.

Ele foi denunciado pelo homicídio com as qualificadoras de feminicídio, motivo fútil, meio cruel e que impossibilitou a defesa da vítima. A pena ainda soma os crimes de estupro e roubo contra Pedrolina.

Rômulo não tinha passagens pela polícia desde que completou a maioridade. Contudo, quando era adolescente, foi apreendido por várias infrações. Entre elas, um homicídio.

A identidade do assassino foi descoberta a partir de exames de material genético. Conforme contou a delegada Bruna Eiras na época das investigações, no dia do assassinato, o vigilante a princípio só queria roubar o celular de Pedrolina. Ele foi ao local de trabalho e pegou uma faca.

Ao chegar à parada de ônibus, Pedrolina se assustou e Rômulo a arrastou até o mato. No caminho, decidiu estuprar a auxiliar de serviços gerais antes de matá-la. “Para o autor carregar a vítima àquele local, que é de difícil acesso, ele precisaria conhecer bem a área. Como trabalha na região há seis anos, tem familiaridade”, explicou à reportagem em 2019 a delegada.

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Rômulo Siqueira disse que usou cocaína antes do crime
Delegada Bruna Eiras, da 1ª DP
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Pedrolina se formou no ano passado em assistência social

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Rômulo Siqueira disse que usou cocaína antes do crime

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Delegada Bruna Eiras, da 1ª DP

Vinícius Santa Rosa/Metrópoles

Ainda segundo Bruna, o assassino confesso disse que estava sob o efeito de cocaína no momento do ataque. Rômulo trabalhou no SLU por mais quatro dias após o crime, quando pediu licença. Ao voltar, se demitiu.

O assassinato ocorreu em 1° de setembro de 2019. No dia 3 do mesmo mês, o cadáver foi localizado. Um dia depois, a polícia prendeu um suspeito, que estava no mesmo ônibus que a vítima momentos antes do crime.

João Marcos Vassalo da Silva Pereira, 20 anos, confessou o crime e descobriu-se que ele era o responsável por outros estupros, mas não aquele pelo qual havia sido preso.

Elas por elas

Em 2019, o Metrópoles criou projeto editorial Elas por Elas para dar visibilidade às tragédias provocadas pela violência de gênero. As histórias de todas as vítimas de feminicídio do Distrito Federal foram contadas em perfis escritos por profissionais do sexo feminino (jornalistas, fotógrafas, artistas gráficas e cinegrafistas), com o propósito de aproximar as pessoas da trajetória de vida dessas mulheres.

A história de vida de Pedrolina foi contada em uma dessas reportagens especiais e pode ser conferida clicando aqui.

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