Estudante de 21 anos morre no campus da UnB na Asa Norte
O jovem cursava letras. Paramédicos tentaram reanimá-lo por cerca de 25 minutos. Porém, ele não resistiu
atualizado
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Um estudante morreu nesta sexta-feira (20/09/2019), no campus da Universidade de Brasília (UnB) da Asa Norte. De acordo com a Assessoria de Comunicação da instituição, o aluno de 21 anos do curso de letras ainda tinha sinais vitais quando o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) chegou ao local, próximo à Reitoria. Os paramédicos tentaram reanimá-lo por cerca de 25 minutos. Porém, ele não resistiu.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, o jovem tirou a própria vida. A UnB informou que está averiguando o caso. A assessoria divulgou nota de pesar, assinada pela reitora Márcia Abrahão e pelo vice-reitor Enrique Huelva. Segundo o texto, “as equipes da administração da universidade e das forças de segurança estão apurando as exatas circunstâncias do ocorrido”.
“A universidade está em contato com a família, por meio da Diretoria de Atenção à Saúde da Comunidade Universitária, do Decanato de Assuntos Comunitários (Dasu/DAC), para prestar assistência. Nos solidarizamos com a família, amigos e colegas do estudante. Desejamos que todos possam encontrar conforto neste momento de tanta dor”, disse a UnB em nota.
O Metrópoles tem a política de publicar informações sobre casos de suicídio ou tentativas que ocorrem em locais públicos ou causam mobilização social. Isso porque é um tema debatido com muito cuidado pelas pessoas em geral.
Na avaliação do site, o silêncio camufla outro problema: a falta de conhecimento sobre o motivo que, de fato, leva essas pessoas a se matarem.
Depressão, esquizofrenia e uso de drogas ilícitas são os principais males identificados pelos médicos em um potencial suicida. Problemas que poderiam ser tratados e evitados em 90% dos casos, segundo a Associação Brasileira de Psiquiatria.
Está passando por um período difícil? O Centro de Valorização da Vida (CVV) pode te ajudar. A organização atua no apoio emocional e na prevenção do suicídio, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo, por telefone, e-mail, chat e Skype 24 horas todos os dias.
Rede de apoio
A própria UnB possui um trabalho com saúde mental destinado à comunidade acadêmica. Como forma de estruturar o acolhimento e o atendimento, criou, este ano, a Diretoria de Atenção à Saúde da Comunidade Universitária, vinculada ao Decanato de Assuntos Comunitários (Dasu/DAC).
“A Dasu vem organizando sua atuação a partir do conceito de universidades promotoras de saúde e, entre as ações já iniciadas, está a realização de rodas de terapia comunitária, a cada 15 dias”, explicou a universidade.
Informou, ainda, que está em fase final de estruturação a Política Integrada da Vida Estudantil, que deve aprimorar os atuais mecanismos de acolhimento da universidade, de forma a melhor direcionar o atendimento: “A UnB possui o Centro de Atendimento e Estudos Psicológicos (Caep), com mais de mil atendimentos por mês, para membros da comunidade interna e externa, além de diversas iniciativas no âmbito das unidades acadêmicas e administrativas”.