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Estragos, deslizamento e inundação: como ficou Vicente Pires após as chuvas

Problemas ocorreram em diversas ruas da cidade, principalmente as que passam por obras de urbanização

atualizado

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Chuvas deixam estragos em Vicente Pires
1 de 1 Chuvas deixam estragos em Vicente Pires - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Com o início das chuvas no Distrito Federal, muitos estragos e transtornos a moradores e comerciantes voltaram a atingir Vicente Pires. Devido às obras em várias ruas da região administrativa, diversas pistas ficaram alagadas. Na segunda-feira (21/9), quando ocorreram as primeiras precipitações no DF após 119 dias de estiagem, um buraco em que é realizada uma das intervenções na cidade, na Rua 4A, ficou tomado pela água e, com isso, parte da contenção cedeu.

De acordo com a Secretaria de Obras, atualmente, passam por reforma as ruas 3, 4A, 8 e 12. Na 4A, próximo à Feira do Produtor, está em andamento a instalação das manilhas responsáveis pela captação de águas pluviais, razão pela qual grandes valas encontram-se abertas. O mesmo ocorre na Rua 12.

“No momento, equipes da Novacap, da administração regional e das empresas contratadas atuam na região para minimizar os transtornos”, informou a pasta, em nota.

Veja algumas imagens da cidade após a chuva:
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Além disso, foram observadas, em várias ocasiões, a realização de diversos serviços sem a cobertura contratual
A empresa Artec, responsável pela obras de parte da região, começou a drenar a água na Rua 4A
Erosão em obra na Rua 4A
A lama tomou conta de algumas ruas da cidade
No relatório de auditoria, o órgão de controle aponta que a execução das galerias de drenagem pluvial na região administrativa ocorreu em desconformidade com o projeto aprovado
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Na Rua 4A, houve inundação e deslizamento de parte da contenção

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Além disso, foram observadas, em várias ocasiões, a realização de diversos serviços sem a cobertura contratual

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A empresa Artec, responsável pela obras de parte da região, começou a drenar a água na Rua 4A

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Erosão em obra na Rua 4A

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A lama tomou conta de algumas ruas da cidade

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No relatório de auditoria, o órgão de controle aponta que a execução das galerias de drenagem pluvial na região administrativa ocorreu em desconformidade com o projeto aprovado

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Lauren Leite, comerciante

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Rua alagada em Vicente Pires

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Rua alagada em Vicente Pires

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O comerciante Ademar Francisco da Silva, 52 anos, é chaveiro há 18 anos na cidade. Há dois meses, ele exercia atividade em um local fixo na Rua 4A, mas saiu por causa das obras. “Eu ficava em um trailer, mas, agora, trabalho com uma van. Tenho de ficar rodando, porque começaram a vir com escavadeira bem onde eu deixava o trailer”, contou.

Moradora da região há 15 anos, a aposentada Ilda Mara, 68, reclama que, “todo ano, é a mesma coisa”. “Já enfrentei todas as obras, e é sempre isso. O governo sabe o período da seca e da chuva. Por que nunca conclui?”, questionou. “Eu moro na Rua 3, e alagou tudo quando choveu. A gente fica ilhado e não sabe nem por onde andar”, completou.

A empresária Lauren Leite, 31, tem loja colaborativa, onde oferece espaço para empreendedores. O Top Mix fica em uma esquina, em frente à vala onde é instalada a tubulação da rede de drenagem da Rua 4A. Ela abriu o empreendimento em maio deste ano e que “nem a pandemia conseguiu atrapalhar desse jeito”. “Quando começou essa obra aqui na frente, caíram muito as vendas. Teve um dia em que fechei com R$ 40 no caixa”, lamentou.

O que diz a Administração Regional

A Administração Regional de Vicente Pires informou ao Metrópoles que, “desde o início das chuvas, a equipe de servidores está de plantão para auxiliar a população e minimizar os transtornos”. Na terça-feira (22/9), segundo a administração, os trabalhos de limpeza das ruas afetadas e de escoamento de água tiveram início às 6h, em conjunto com outros órgãos. Essas ações se estenderão até sexta-feira (25/9).

De acordo com Gil Cardoso, coordenador de Desenvolvimento da administração e chefe de gabinete substituto, o serviço de drenagem na Rua 4A deve ficar pronto no início de outubro. “Faltou material da empresa que faz a obra, e eles atrasaram o cronograma. Nisso, foi o tempo que caiu a chuva”, justificou.

A Secretaria de Obras afirmou que, mesmo com as chuvas, os trabalhos em Vicente Pires “seguem normalmente”. Pontuou ainda que “o cronograma estabelecido pela secretaria está mantido”. A pasta prometeu que todos os serviços previstos nos contratos atualmente em vigor serão concluídos neste ano. “Aquilo que não puder ser executado está contemplado na licitação em andamento”, acrescentou, em nota.

Sobre a Rua 4A, a Secretaria de Obras informou que “a chuva de segunda-feira foi muito volumosa e acabou deixando o terreno bastante encharcado, que acabou cedendo. No entanto, a empresa Artec, responsável pelas obras na região, já está drenando toda a água que se alojou na vala e está tomando as devidas providências para novo escoramento das paredes. Além disso, o local em que a instalação das manilhas está concluída será aterrado, o que vai dar mais estabilidade ao solo, evitando, assim, novos deslizamentos”.

Veja a situação das obras de Vicente Pires:

Rua 1 (rua do Jóquei) — Serviços de drenagem, pavimentação e instalação de calçadas e meio-fio

Rua 3 — Serviços de drenagem e pavimentação concluídos. A empresa GW trabalha na instalação de calçadas e meio-fio

Ruas 3B e 3C — Serviços de drenagem, pavimentação e instalação de meio-fio concluídos. A construção das calçadas está em andamento, assim como as sinalizações vertical e horizontal da via

Rua 4 — A empresa VP, responsável pelo trecho, concluiu os serviços de drenagem, pavimentação e instalação de meio-fio. No momento, a empresa Artec executa a construção das calçadas

Rua 4A — A empresa Artec trabalha em duas frentes. Nas proximidades da Feira do Produtor, é instalada a tubulação da rede de drenagem, razão pela qual valas profundas encontram-se abertas. Outra frente trabalha na pavimentação da via que passa ao lado da administração regional

Rua 4B (da delegacia) — Serviços de drenagem, pavimentação e instalação de calçadas e meio-fio concluídos

Rua 4C (da Faculdade Mauá) — Serviços de drenagem, pavimentação e instalação de calçadas e meio-fio concluídos

Rua 4D — Serviços de drenagem e pavimentação concluídos

Rua do Sicoob — Serviços de drenagem e pavimentação concluídos

Rua 5 — Os serviços de drenagem e pavimentação previstos em contrato estão concluídos. Parte dos serviços foram executados pelo DER. Está em andamento processo licitatório para a contratação do remanescente de obra

Rua 6 — Os serviços de drenagem, pavimentação e instalação de calçadas e meio-fio previstos em contrato estão concluídos. Está em andamento processo licitatório para a contratação do remanescente de obra

Rua  7 — Serviços de drenagem e pavimentação concluídos. Empresa trabalha na instalação das calçadas e dos meio-fio

Rua 8 — É executada a pavimentação asfáltica de parte da via. Está em andamento processo licitatório para a contratação do remanescente de obra

Rua 10 — Os serviços de drenagem e pavimentação previstos em contrato estão concluídos. Parte dos serviços foram executados pelo DER e pela Novacap. Está em andamento processo licitatório para a contratação do remanescente de obra

Rua 12 — Obras de drenagem e terraplenagem de 2,6 km dos 3,2 km da via em andamento. A previsão é de que esses serviços estejam concluídos em dezembro. Paralelamente, é executada a pavimentação asfáltica nos trechos em que a instalação das manilhas da drenagem foi concluída. Está em andamento processo licitatório para a contratação do remanescente de obra

Colônia Agrícola Samambaia — O contrato do Lote 2, que contempla a área, será licitado novamente. O projeto é readequado para a realidade do local, uma vez que o projeto original é de 2008. A licitação para contratação de empresa responsável pela sondagem da região está em andamento

Lagoas de detenção — O projeto prevê a construção de 22 lagoas (16 estão concluídas) e 85 dissipadores (40 estão finalizados)

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