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Estelionato na internet cresceu mais de 1.200% no DF durante pandemia

Metrópoles teve acesso a mapeamento dos crimes em todas as regiões do DF. De fraude a pedofilia, veja os cibercrimes que mais têm aumentado

atualizado

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1 de 1 capa crimes cibernéticos - Foto: Michael Melo/Metrópoles

Pedofilia, estelionatos e extorsões fazem parte do cardápio de crimes virtuais que avançaram na capital durante a pandemia provocada pelo novo coronavírus. A cada duas horas, um brasiliense é alvo dos mais variados delitos aplicados por meio da internet. Em média, 49 vítimas registram ocorrências do tipo a cada 24 horas nas unidades da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). Boa parte das apurações são direcionadas para a Delegacia de Repressão a Crimes Cibernéticos (DRCC).

O isolamento social e a consequente permanência da população dentro de suas casas potencializou a incidência dos crimes que trafegam no mundo virtual. Para se ter ideia, entre janeiro e dezembro de 2019 – ano ainda sem pandemia – foram registrados 9.539 casos. Já no ano passado, com todas as medidas sanitárias adotadas para conter a Covid-19 e milhares de pessoas em home office, a PCDF registrou 17.843 ocorrências relacionadas a crimes cibernéticos, um aumento de 87%.

O Metrópoles teve acesso a um mapeamento dos delitos ocorridos em todas as regiões administrativas do DF. Disparado, o estelionato pela internet superou os 1.200% de aumento no comparativo entre 2019 e o ano passado. A última tabela (veja arte) tem números relacionados, apenas, a ocorrências registradas por meio da Delegacia Eletrônica.

Confira os dados: 

Golpe da ninfeta

Os casos de extorsões praticadas por meio de redes sociais também deram um salto. O maior responsável pela escalada da modalidade criminosa é conhecido como o “golpe da ninfeta”. De acordo com as apurações, os criminosos, que se passam por mulheres, abordam as vítimas nas redes sociais.

Com a intensificação das conversas, o grupo envia a foto aleatória de uma adolescente. Em seguida, a pessoa alvo do golpe recebe a ligação de um homem que se identifica como pai da suposta menor de 18 anos. O estelionatário, então, faz ameaças, dizendo que vai procurar a polícia. Minutos depois, um segundo golpista entra em cena e liga para a vítima, apresentando-se como investigador da Polícia Civil do Rio Grande do Sul e cobra valores relacionados à suposta apuração criminal.

O delegado-chefe da DRCC, Giancalos Zuliani, alertou para a ação dos golpistas, que podem ter escolhido o DF em razão do grande número de servidores públicos. “Polícia Civil nenhuma do país entra em contato por telefone, cobrando supostas custas relacionadas a investigações. Trata-se de um golpe, e esses estelionatários tentam dar um ar de veracidade, inclusive, imitando os rádios comunicadores usados pelas forças policiais”, adverte.

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A Operação Coleciona-Dores tem como alvo prender pedófilos que atuam no DF
Criminosos mantêm contato com as vítimas por meio de jogos pela internet
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A DRCC deflagrou quatro operações nos últimos seis meses contra suspeitos de integrar uma rede de pedofilia no DF

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A Operação Coleciona-Dores tem como alvo prender pedófilos que atuam no DF

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Criminosos mantêm contato com as vítimas por meio de jogos pela internet

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Pedofilia

Outro crime grave combatido pela DRCC é pedofilia disseminada pela internet. Os jogos on-line voltados para crianças e pré-adolescentes se tornaram ferramentas de assédio e aliciamento. Manuseados por pedófilos, os games são usados como ponte para chegar até as vítimas, que utilizam diferentes plataformas de conexão.

Pelo menos 10 meninos e meninas, com idades entre 8 e 14 anos, foram alvo dos criminosos na capital do país. Após denúncias dos pais, os casos passaram a ser apurados, de forma sigilosa, pela DRCC. Segundo o delegado Dário de Freitas Junior, compartilhamento, produção e armazenamento desse tipo de conteúdo também são crimes previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

“O abusador que induzir a criança ou o adolescente a fazer algum ato sexual pela internet. EM caso de condenação, a pena pode variar de 4 a 8 anos de prisão. Os casos mais comuns são de pedófilos que pedem esse tipo de conteúdo, foto ou vídeo, para as vítimas, por meio de perfis fakes em redes sociais”, disse.

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