Estelionatário do DF vendia diplomas falsos pela internet
Morador de Samambaia de 35 anos é acusado de criar um perfil fake nas redes sociais, para atender exclusivamente sua clientela
atualizado
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Policiais da Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC) prenderam, nesta sexta-feira (9/2), um homem de 35 anos acusado de vender diplomas falsos. Morador de Samambaia, ele tinha um perfil fake nas redes sociais, pelo qual fazia a comercialização dos documentos pela internet.
Foram apreendidos vários diplomas e quase R$ 15 mil em espécie. Os pedidos dos clientes eram feitos de várias unidades da Federação. Os valores dos documentos variavam entre R$ 1,5 e R$ 4 mil, sendo que os mais baratos eram de Ensino Médio e os mais caros de Ensino Superior.De acordo com as investigações, que duraram 5 meses, o estelionatário fez um diploma falso para ele mesmo. O título de engenheiro chegou a ser validado pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA) de Santa Catarina.
O delegado-chefe da DRCC, Giancarlos Zuliani, contou que toda a negociação era feita por um perfil falso no Facebook. E que os diplomas falsos eram enviados pelos Correios. “Durante a monitoração do suspeito, descobrimos que ele ia uma vez por semana aos Correios para enviar o material, sempre as quintas ou sextas-feiras. Como o autor não apareceu essa semana, tínhamos convicção de que ele teria material probatório em casa, no momento da prisão”, esclareceu o delegado-chefe.
O homem foi autuado em flagrante pelo crime de falsificação de documento público e privado, com penas que variam de um a seis anos de reclusão. No caso das pessoas que adquiriram os diplomas falsos, as investigações continuam a fim de identificá-las. Elas podem ser autuadas como partícipe do crime anterior ou serem incursas no crime de uso de documento falso.
Outro caso
No dia 2 de fevereiro deste ano, um homem de 53 anos foi preso em flagrante, também acusado de falsificar diplomas, que eram vendidos por R$ 400 no Distrito Federal.
O suspeito foi encontrado por agentes da Divisão de Defesa do Consumidor (Dicon), com apoio da Coordenação de Repressão aos Crimes Contra o Consumidor, da Propriedade Imaterial e a Fraudes (Corf), em Valparaíso, cidade goiana localizada no Entorno do DF.
De acordo com o delegado da Dicon Fábio Rodrigues Vieira, o suspeito guardava em casa 33 carimbos com nome e matrícula de servidores do Ministério da Educação (MEC). O policial acredita que os funcionários públicos da instituição não tenham relação com a fraude, mas tiveram informações pessoais furtadas.