“Estava muito apaixonada e feliz”, diz filha de mulher assassinada
A jovem ressaltou que o pai, Francisco, sempre foi grosseiro com a mulher e filhos. Crime ocorreu no Pôr do Sol, na madrugada de domingo
atualizado
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Uma das filhas da empresária Olívia Makoski, 47 anos, assassinada pelo ex-companheiro Francisco de Assis Guembitzchi, de 55, na madrugada desse domingo (17/10), afirmou que a mãe estava na melhor fase da vida. Havia assumido um novo relacionamento, estava “muito apaixonada e feliz” e disposta a seguir em frente.
Já Francisco passou a perseguir a ex. Sentia ciúmes e não aceitava o fim do casamento. O sentimento de posse acabou com o feminicídio seguido de suicídio, na casa da família, no Pôr do Sol.
A jovem de 23 anos conta que os pais são do Paraná, mas viviam no Distrito Federal havia 21 anos. Lembrou que Francisco sempre foi grosseiro com a mulher e os filhos. Porém, ressaltou que nunca presenciou ou ouviu agressões físicas contra a mãe.
Olivia tentou romper o relacionamento várias vezes. Contudo, sempre voltava atrás em razão dos restaurantes de propriedade do casal e dos três filhos. “Há dois meses, ela teve novamente a iniciativa de se separar, mas ambos seguiam vivendo na mesma casa. Ele não aceitava a separação e pedia com frequência para reatar o relacionamento. Dizia que a amava”, declarou a filha.
Há um mês, Olívia conheceu outro homem, com quem começou a namorar. “Estava muito apaixonada e feliz. Esse namoro fez com que ela insistisse na separação, pois estava determinada a viver sua vida. Meu pai tinha ciência de tudo e passou a perseguir os dois. Acredito que tinha a intenção de vê-los juntos”, explicou a jovem.
Conforme o Metrópoles noticiou, com as incessantes perseguições, a vítima ficou com medo, registrou ocorrência e pediu medidas protetivas. Ainda de acordo com a filha, antes do crime, o pai havia viajado para o Paraná e para Santa Catarina na companhia de um dos filhos. O objetivo era ver a família e uma terra que eles tinham, propriedade que seria usada no divisão de bens do casal.
Francisco voltou de viagem na última sexta (15/10) e foi alertado, pela ex, para mudar de quarto. O autor chegou a insistir em continuar dormindo com a mulher, que recusou. No dia seguinte, a família foi para um forró. Ao chegar do evento, Olivia solicitou que Francisco saísse da casa até esta segunda (18). Descontrolado e embriagado, o homem a matou e cometeu suicídio em seguida.
O crime
O crime aconteceu na Quadra 207 do Pôr do Sol, por volta da 1h40 de domingo (17/10). O caso está sob os cuidados da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher II (Deam II). Segundo a delegada-chefe da unidade policial, Adriana Romana, as investigações apontam para o crime de feminicídio, seguido por suicídio.
“Aparentemente, houve uma discussão. Ele a agrediu e, depois, ceifou a própria vida”, disse a delegada. No imóvel, policiais também localizaram um revólver. “Ainda não sabemos se foram efetuados disparos. Aguardamos os laudos”, explicou Adriana Romana.
A tragédia ocorreu na residência do casal. Peritos foram chamados para analisar a cena do crime. Olívia e Francisco tinham um restaurante na região. Segundo a delegada, não havia histórico de violência física entre os dois, mas de agressões verbais.
Pouco depois do crime, a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) foi até o local. O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) também se deslocou para o endereço, mobilizando duas viaturas e seis militares. Mas, quando chegaram ao imóvel, Olívia e Francisco não apresentavam sinais vitais.