Esportistas protestam contra a poluição do Lago Paranoá
Grupo cobrou medidas para conter a contaminação por cianobactérias e o descarte de resíduos no Lago Paranoá
atualizado
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Um grupo de manifestantes transformou o chafariz que fica em frente ao Palácio do Buriti em uma versão reduzida do Lago Paranoá, nesta sexta-feira (25/11). Impedidos de utilizar parte do reservatório devido à contaminação por cianobactérias, eles praticaram wake winch — modalidade na qual um motor puxa o esportista que está na prancha — no espelho d’água, como forma de protesto.
Cerca de 20 pessoas participaram do ato liderado pelo praticante de esportes náuticos Sérgio Marques. “A intenção da manifestação é cobrar uma solução do governo para que esse problema se resolva. A poluição do lago não é de agora, já vem ocorrendo há bastante tempo. Mesmo antes de aparecerem as cianobactérias, as pessoas já jogavam lixo e poluíam o lago. Não existe fiscalização”, afirma.
A área afetada no lago é restrita aos trechos entre o Lago Sul – QL 4, QL 6 e QL 8 – e a L4 Sul, no braço sul do Riacho Fundo, entre a Ponte Honestino Guimarães e a Estação de Tratamento do Esgoto Sul.
Seis dias depois da contaminação, nesta quarta (23), a Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap) começou a instalar avisos no local, alertando sobre os riscos para os usuários do lago.
O Instituto Brasília Ambiental (Ibram) informa que as causas da contaminação do Lago Paranoá por cianobactérias estão sendo apuradas. Análises da água foram encaminhadas a um laboratório de Goiânia (GO). O resultado deve ficar pronto em dezembro.