Militares deixam a Esplanada e vias são liberadas para carros
Por quase 12 horas, quase 3 mil PMs e homens da Força Nacional foram mantidos na área central para protesto que não aconteceu
atualizado
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A Polícia Militar montou um megaesquema de segurança na Esplanada dos Ministérios durante a greve geral. Foram destacados 2,6 mil PMs. Eles ficaram de prontidão na área central desde as 7h desta sexta-feira (30/6). Por volta das 17h, porém, havia apenas 12 manifestantes na região.
Mesmo assim, os policiais foram mantidos na Esplanada até o fim do expediente. Sem contar os 600 agentes da Força Nacional de Segurança, que cercavam os prédios públicos. Os militares ficaram posicionados em frente ao Palácio da Justiça e do Congresso Nacional e montaram uma linha de revista.
O secretário de Segurança Pública, Edval Novaes, em coletiva nesta sexta, disse que o megaesquema foi montado por conta da previsão de que a Esplanada iria atrair 5 mil manifestantes durante a greve geral. No entanto, a expectativa não se confirmou e os policiais foram mantidos no local.
“A estimativa da quantidade de manifestantes foi feita por estudos da inteligência dos órgãos de segurança, e também por meio de movimentações nas redes sociais”, disse o secretário.
A decisão desagradou os próprios policiais. Em mensagem de WhatsApp, um deles disparou: “O cara (coronel Tenório) mandou os policiais ficarem de pé, com capacete sem se mexer olhando pro Sol”. E ainda teria dito, segundo a fonte: “Isso aqui ainda é Polícia Militar. Quem olhar pra trás vai sair daqui preso.”
O comandante de Policiamento Regional Metropolitano, coronel Paulo Henrique Tenório, também participou da coletiva nesta sexta. O militar defendeu o número de PMs de prontidão na Esplanada, que será repetido em outros protestos. “A ideia, a partir de agora, é estudar novas técnicas para impedir a ação de criminosos durante a manifestação”, disse.
Tinha até drone sobrevoando a Esplanada vazia. As vias N1 e S1 ficaram fechadas desde a meia-noite e foram liberadas às 18h, horário em que policiais militares também começaram a deixar o local.