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Esplanada dos Ministérios é palco de protesto contra a corrupção

Cinco mil pessoas ocuparam o local neste domingo (4/12), segundo a PM. Eram esperadas entre 20 mil e 25 mil

atualizado

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1 de 1 esplanada-protesto - Foto: Michael Melo/Metrópoles

O protesto contra a corrupção e a favor da Lava Jato, que deve ocorrer em 200 cidades brasileiras, reuniu 5 mil pessoas na Esplanada dos Ministérios neste domingo (4/12). O público foi estimado pela Polícia Militar por volta das 11h15. Os organizadores falam em 10 mil. Mas uma chuva forte dispersou parte dos manifestantes por volta do meio-dia. Às 12h15, eles decretaram o fim do ato.

Ou seja, a manifestação durou pouco mais de duas horas e reuniu menos gente que o esperado – entre 20 mil e 25 mil pessoas. O protesto ocorreu de forma pacífica e reuniu famílias inteiras, que começaram a chegar por volta das 10h. A maioria foi vestida de verde e amarelo. Segundo a Secretaria de Segurança, nenhuma ocorrência foi registrada na Esplanada dos Ministérios.

Os manifestantes fizeram um ato simbólico que chamou bastante a atenção. Eles colocaram ratos desenhados em cartolinas no espelho d’água em frente ao Congresso Nacional para protestar contra políticos corruptos.

Durante o ato, eles gritaram palavras de ordem contra deputados e senadores e cantaram o Hino Nacional. Muitos cartazes também demonstravam apoio ao juiz Sérgio Moro, que conduz as investigações da Lava Jato.

Vestida com a camisa do Brasil e segurando uma faixa que pede a aprovação das Dez Medidas de Combate à corrupção, a professora Adelaide Batista, 53 anos, chegou a Esplanada por volta das 11h. “Nós pedimos a saída do Renan Calheiros (presidente do Senado). Somos todos Moro. O nosso protesto é pelo Brasil. Não vamos desistir dessa causa”, disse.

A maioria das pessoas portava faixas contra Renan Calheiros e frases como  “Fora Corrupção”, “A Lava Jato não será sabotada”, “Fim do foro privilegiado” e “Pressa do julgamento de políticos no STF”.

O servidor público Gustavo Moureira, 45 anos, foi ao local com as filhas Mariana, 15 anos, e Daniela, 13. “Temos que participar da vida política do nosso país. Vamos lutar pelo Brasil. Queremos o fim do foro privilegiado”.

 

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Manifestante corre para fugir da chuva
Cartazes com ratos foram colocados no espelho d´água
Todas as pessoas são revistadas
Famílias chegam à Esplanada
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Manifestantes vão embora depois da chuva

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Manifestante corre para fugir da chuva

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Cartazes com ratos foram colocados no espelho d´água

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Todas as pessoas são revistadas

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Famílias chegam à Esplanada

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Manifestantes na Esplanada dos Ministérios

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Manifestantes apoiam a Operação Drácon

Divulgação/WathSapp

 

Quem foi ao local teve de passar por um rigoroso esquema de segurança. A PM montou dois bloqueios para revistar as pessoas na Via S1. O primeiro na altura da Rodoviária do Plano Piloto e o segundo próximo da Catedral de Brasília.

Para evitar atos de vandalismo, como os registrados na quarta-feira (30,11), a Secretaria de Segurança montou um megaesquema, com 1,7 mil homens das forças de segurança. O trânsito no local foi fechado às 7h deste domingo (4). O bloqueio no tráfego foi feito na altura da Rodoviária, nos dois sentidos da via, que foi liberada por volta das 14h.

Pelo país
Manifestações estão ocorrendo neste domingo em outros pontos do país, como Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Recife e Belém. Em São Paulo, a concentração na Avenida Paulista será a partir das 14h.

Em Copacabana, foram milhares de pessoas. Os atos pelo país causaram repercussão entre os políticos. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), divulgou nota em que afirma que os protestos são legítimos e que devem ser respeitados.

Já o senador Roberto Requião (PMDB-PR), que é relator do projeto de lei sobre abuso de autoridade no Senado, criticou as manifestações. Requião, no Twitter, afirmou que nos protestos estão presentes “movimentos de mentecaptos manipuláveis”. (Com informações da Agência Estado)

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