Especialistas abrem discussão sobre alimentação saudável durante a pandemia
Evento on-line terá Alex Atala, Mariana Mudrovitsch, Sergio Timerman, Jorge Viana e Daiane Sousa
atualizado
Compartilhar notícia
O Grupo de Estudos “O direito em tempos de Covid-19” traz uma discussão que afeta diretamente o dia a dia das pessoas: a comida. O evento organizado pelo Instituto de Direito Público (IDP) será transmitido pelo YouTube (clique aqui), às 11h desta terça-feira (7/7), com o tema “Os desafios da alimentação e da gastronomia durante e após a pandemia”.
A quarentena e a suspensão de bares e restaurantes por causa do novo coronavírus afetaram diretamente a forma como as pessoas se alimentam. Para falar sobre essa situação foram convidados Alex Atala, chef e proprietário dos restaurantes D.O.M. e Dalva e Dito, fundador do instituto ATÁ; Mariana Mudrovitsch, sócia-fundadora da Uná Alimentos; e o doutor Sergio Timerman, cardiologista, clínico, emergencista e intensivista do Instituto do Coração e Sociedade Brasileira de Cardiologia.
Para mediar o debate, Jorge Viana, ex-senador e professor do IDP; e Daiane Sousa, nutricionista diplomada pelo Instituto de Medicina Funcional, dos EUA e pós-graduada em nutrição aplicada à gastronomia (Anerj-RJ) e nutrição ortomolecular (Fapes-SP).
Mariana Mudrovitsch afirma que, entre outros temas, a discussão abordará tendências da alimentação, especialmente aquelas relacionadas ao drama da Covid-19. Não há como negar a influência da situação daqui para frente. “As pessoas ficam mais em casa e pensam: como vou fazer para ter uma alimentação que me ajude na imunidade?”, exemplifica a empresária.
” As pessoas estão pensando mais sobre a comida e como ela pode ser uma aliada no combate ao vírus e à própria ansiedade”, continua Mariana.
A nutricionista Daiane Sousa aponta que, historicamente, em tempos de crises sociais, como guerras, a indústria alimentícia ganhou muito espaço. Depois desses conflitos, surgiram as primeiras opções de alimentos enlatados e com mais tempo de conservação. Para ela, o fato de se ficar mais em casa pode gerar duas respostas: cozinhar mais ou se permitir consumir alimentos mais industrializados, por praticidade ou falta de conhecimento.
“Se este não for o momento de dar valor à nutrição simples e prática, porém muito saudável, com bons ingredientes e que a gente valorize fornecedores pequenos e locais para gerar uma rede de sustentabilidade, pode acabar sendo uma redenção aos alimentos industrializados e sem qualidade”, avisa.
O objetivo do grupo, sob a coordenação dos professores Rodrigo Mudrovitsch e Ney Bello, desembargador federal, é investigar e discutir os impactos jurídicos da crise sanitária resultante da pandemia de Covid-19 e seus reflexos mais imediatos na história institucional do Direito, assim como em aspectos gerais das vidas das pessoas.