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Homem que espancou namorada até a morte ficará 25 anos preso

Guilherme Nascimento matou a namorada em março de 2023. A vítima, Letícia Barbosa, já tinha o denunciado por ameaças e lesão corporal

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1 de 1 Foto-feminicidio-guilherme-assassino-de-leticia - Foto: Metrópoles

Acusado de espancar a namorada até a morte, Guilherme Nascimento Pereira, 29 anos, foi condenado a 25 anos de prisão em regime fechado pelo Tribunal do Júri de Taguatinga. O crime aconteceu na madrugada do dia 2 de março de 2023, na casa da vítima.

A namorada do condenado, Letícia Barbosa Mariano, tinha 25 anos, e foi encontrada morta no banheiro da própria casa, no Setor de Indústrias Gráficas de Taguatinga Norte. O autor chegou a fugir e até pediu ajuda de um familiar por meio de mensagens.

“Espera até de manhã! Não sei se ela está morta. Trisquei nela e a bicha está mexendo um pouco o pescoço e o peito. Espera! As vezes é cachaça. Espera um pouquinho. Não vai [agora] não”, escreveu o suspeito.

“Não vai na delegacia não, por favor! Eu já estou na desgraça. Por favor, não vá! Só não vá. Estou na rua, moço. Eu estou dando voltas. Eu fiz foi fugir, já. Eu pedi ajuda e vocês querem me colocar na cadeia. Por favor, véi! Eles vão saber que fui eu”, finalizou.

 

No plenário, o Ministério Público reiterou a acusação, incluindo um pedido para considerar a crueldade do crime como agravante. A defesa, por sua vez, argumentou a favor do homicídio privilegiado, alegando que ocorreu sob violenta emoção, e solicitou a exclusão da qualificadora do motivo torpe.

O Conselho de Sentença, na decisão, reconheceu a materialidade e autoria do crime, condenando o réu. Contudo, rejeitou a tese da defesa sobre o homicídio privilegiado. Ao determinar a pena, o juiz destacou a conduta do réu, considerando-a “extremamente reprovável” e indicando um “imenso desvalor pela vida humana”.

Assim, a decisão afirma que o réu não poderá apelar em liberdade, justificando a manutenção da prisão devido aos motivos que permanecem válidos, visando a garantia da ordem pública, agora reforçada pela condenação.

O crime

O crime aconteceu por volta das 4h30 de 2 de março. O assassino fugiu, mas foi preso horas depois em um hotel em Ceilândia.

Antes de ser detido, Guilherme mandou mensagens a um familiar e pediu ajuda para livrar-se do assassinato. Contudo, diferente do que gostaria de ouvir, Pereira foi aconselhado a entregar-se às autoridades.

Letícia havia denunciado o namorado por ameaça e lesão corporal. O Metrópoles teve acesso a detalhes de uma denúncia registrada pela vítima, em 17 de setembro do ano passado, contra o namorado. Na ocasião, a vítima alegou que namorou o autor por cerca de cinco anos e terminou o relacionamento em junho de 2022.

A jovem também revelou que o companheiro sempre apresentou comportamento violento e que chegou a ser agredida física e moralmente por ele. Guilherme, inclusive, chegou a reclamar da “roupa curta” de Letícia.

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