Esfaqueada, mãe de menina morta aos 8 anos em ataque no DF recebe alta
Adélia Paraguai, 36, é mãe de Izadora de Sousa do Nascimento, que morreu aos 8 anos após ser esfaqueada durante o ataque
atualizado
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Duas das cinco vítimas esfaqueadas por Adenilson Santos Costa, 35 anos, preso em flagrante depois de invadir uma casa em Samambaia Norte e golpear cinco pessoas, na noite de sábado (5/2), receberam alta hospitalar nesse domingo (6/2), horas depois do crime.
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As irmãs Adélia Paraguai, 36, e Ana Paula Paraguai, 33, seguem se recuperam em casa e estão fora de risco. Adélia é mãe de Izadora de Sousa do Nascimento (foto de destaque), de 8 anos, que morreu esfaqueada durante o ataque.
A avó materna da menina, Eunice Maria Paraguai, 54, e Eudicilene de Sousa Barros, 50, companheira do autor do crime, ainda estão internadas.
Eunice está em estado gravíssimo em uma Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF) e Eudicilene segue sob efeitos de sedativos no Hospital Regional de Ceilândia (HRC).
O Metrópoles apurou que Adélia deu entrada no Hospital Regional de Taguatinga (HRT) com perfurações no abdome, no membro superior esquerdo e escoriações pelo corpo. Ela acabou transferida ao Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF), de onde recebeu alta.
Ana Paula Paraguai, irmã de Adélia, levou uma facada no braço direito e teve escoriações pelo corpo. Ela passou por procedimento de sutura no HRC.
O caso é investigado pela 26ª Delegacia de Polícia (Samambaia Norte). O delegado-chefe adjunto Rodrigo Carbone pediu à Justiça que a prisão em flagrante de Adenilson seja convertida em preventiva, ou seja, por tempo indeterminado.
Adenilson vai responder pelo crime de homicídio qualificado consumado, tentativa de feminicídio, além de três tentativas de homicídio e lesão corporal por violência doméstica.
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Nesta segunda-feira (7/2), os investigadores vão ouvir pessoas próximas às vítimas e do suspeito para concluir as apurações.
Morta aos 8 anos
A criança de 8 anos não resistiu aos ferimentos e morreu na manhã de domingo (6/2).
Izadora deu entrada no HRC com perfuração no abdome e suspeita de hemorragia interna. Ela estava com rebaixamento de consciência e instável. Chegou à unidade de saúde em estado de choque e foi levada imediatamente ao centro cirúrgico, mas não reagiu às manobras médicas e veio a óbito.
Prisão
Ao chegar à 26ª Delegacia de Polícia (Samambaia Norte), detido pela Polícia Militar do DF (PMDF), Adenilson confessou o crime. Ele disse que queria matar a esposa dele, Eudicilene, porque ela falou que iria “pegar todo mundo”, durante uma discussão entre o casal.
No momento da prisão, ao ser questionado sobre a motivação das agressões, o homem respondeu aos policiais: “Deus que sabe”.
De acordo com o relato dele à Polícia Civil do DF, Adenilson e Eudicilene conviviam maritalmente há cerca de dois anos. O homem também afirmou que nunca havia agredido fisicamente a companheira anteriormente, “apenas com palavras”.
Agressões
Ainda segundo o depoimento de Adenilson, Eudicilene saiu de casa por volta das 11h e foi até a residência das amigas dela, em Samambaia Norte. À noite, quando ele resolveu ir ao local para encontrá-la, o casal discutiu, e o homem partiu para o ataque, com uma faca. As amigas da esposa tentaram intervir e acabaram feridas também.
Na delegacia, ele comentou que suspeitava de traições por parte da esposa e teria agido por ciúme. Após a prisão, Adenilson disse não se lembrar de ter ferido outras pessoas durante a ação e que estava bêbado, pois havia tomado três litros de vermute e uma garrafa de cachaça.
Após o crime, vizinhos tentaram conter o homem, que acabou encaminhado a uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) com ferimentos na cabeça, no braço e nas costas. Na delegacia, segundo a ocorrência, devido ao estado emocional descontrolado de Adenilson, ele ficou recolhido apenas com a roupa íntima.
Testemunhas
Uma testemunha relatou à polícia que as vítimas agonizavam enquanto pediam socorro. Outro homem, marido de uma das mulheres, que tentou segurar o agressor acabou mordido no braço e comentou que Adenilson entrou na casa gritando “Eu vou matar”, mas não mencionava nomes.
O crime ocorreu na parte externa da residência. As vítimas não puderam ser ouvidas devido ao estado de saúde delas.