Escolas privadas sugerem ao GDF retorno gradual das aulas. Veja proposta
Sindicato elaborou protocolo com medidas sanitárias para entregar ao governo. O pedido é para que a volta ocorra “o mais rápido possível”
atualizado
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As escolas privadas do Distrito Federal querem o retorno das aulas presenciais de forma opcional, gradual e planejada. O Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino (Sinepe) vai apresentar ao governador Ibaneis Rocha (MDB) um cronograma para a volta dos estudantes às escolas, além de um protocolo de profilaxia de combate à Covid-19 para aprovação do Executivo. A entidade solicita a liberação das atividades o quanto antes.
Os documentos estão prontos e serão aprovados pela diretoria da entidade para encaminhamento ao GDF. Atualmente, o DF tem 557 unidades educacionais particulares e mais de 180 mil alunos.
A sugestão é que seja mantido o ensino a distância, por videoaula, para quem desejar, mas que seja ofertada a possibilidade de retorno físico aos que optarem. “A premissa é de um retorno híbrido, com o devido protocolo de profilaxia. Essa volta será lenta, progressiva e segura”, ressaltou o presidente do Sinepe, Álvaro Domingues.
Na proposição, a entidade defende um percentual de estudantes por série. O ensino fundamental voltaria com 5% dos matriculados, por exemplo. O médio, teria maior adesão devido ao vestibular e ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
Retorno
Hoje, o ensino a distância tem aprovação de 80% da comunidade escolar nos colégios particulares. “Precisamos dar opção para os pais que precisam trabalhar. O que mais nos preocupa, hoje, é a educação infantil, que está fechando as portas”, completou o presidente.
Assista o vídeo:
Por que é necessária a consulta ao GDF?
Apesar de decreto do DF dar liberdade para as escolas privadas traçarem seus calendários, um retorno para atividade presencial precisa de aprovação do protocolo de profilaxia a fim de evitar que casos de infectados aumentem ainda mais na capital.
Pelo aspecto legal, as escolas têm o que é chamado de responsabilidade objetiva. Ou seja, elas são responsáveis pela integridade de crianças e adolescentes.
“É atribuição da autoridade sanitária elaborar o protocolo, mas como isso não ocorreu, estamos fazendo uma proposta para eles aprovarem”, ressalta Domingues.