Escolas privadas do DF retomam aulas com protocolos e poucos alunos
Nesta quinta-feira (6/8), durante um giro no Plano Piloto, o Metrópoles encontrou três unidades privadas abertas
atualizado
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Depois de 147 dias com as portas fechadas, as escolas particulares do Distrito Federal estão autorizadas a retomar as atividades presenciais. Uma decisão judicial deu a permissão às unidades de ensino privado a partir dessa quarta-feira (5/8). Porém, ainda são poucas as instituições de ensino que decidiram receber os alunos nesta quinta-feira (6/8). Uma delas é o Colégio Arvense, na 914 da Asa Norte.
O Arvense começou a receber os alunos por volta das 7h30 desta quinta-feira (6/8). As mudanças e adaptações para a volta às aulas são notadas logo na entrada do local. Todos os alunos e funcionários que chegam têm a temperatura aferida e passam por uma cabine de desinfecção, batizada de “Descovid”, que só é utilizada por crianças com supervisão de um funcionário.
Augusto Avelino, 4 anos, estudante do Infantil 4, foi um dos primeiros a chegar no local na manhã desta quinta-feira (6/8). A mãe dele, Maria de Oliveira, 35, comentou que ele estava ansioso para voltar ao colégio.
“Eu falei que iríamos voltar para a aula hoje. Ele estava empolgado, desde ontem pediu para eu arrumar a lancheira e me pediu para acordar ele cedinho”, conta Maria.
Augusto teve a rotina minimamente mantida. Agora, volta às aulas com novas regras. “O Guto foi orientado a não tirar a máscara e não ter contato físico com os colegas. Fizemos vários testes e acho que ele está preparado. É uma fase de adaptação”, conta a mãe.
Margareth Nogueira, orientadora educacional da unidade, explicou que tudo foi adaptado para receber alunos e funcionários. “Hoje, começamos uma nova era. Uma nova forma cuidadosa e atenciosa de levar a dia a dia no colégio. Fizemos o treinamento e a capacitação dos grupos que vão lidar diretamente com as crianças. Estamos felizes com esse retorno”, explicou.
A orientadora acredita que a volta será gradativa. Ela acredita que 1/4 dos alunos vão retornar à unidade de ensino nesta primeira fase e que, a cada 15 dias, esse número se amplie. “Se chegarmos até setembro com o número total de estudantes vamos nos organizar para entrar com o rodízio. Sempre mantendo as normas para garantir a atenção dos protocolos que devem ser seguidos”, detalha.
Ansiedade
A advogada Carla Pita, 40, também decidiu por levar o filho Miguel, 6, para a escola. “Eu falei que ele não ia voltar, que continuaria remoto, e ele chorou me pedindo para vir. Achei importante trazê-lo porque é a vontade dele. Meu filho é uma criança doce e tem ficado nervoso e irritado. Não sei até onde isso pode influenciar. Eu, com medo de uma doença, posso trazer outro transtorno ao meu filho. Estou muito satisfeita com a escola. Eles garantiram todo o suporte e aparato para recebê-los”, comemora.
A escola Maurício Salles de Melo, na 708 Norte, também reabriu as portas nesta quinta-feira (6/8). Porém, nenhum representante da unidade quis dar entrevista.
A pré-escola Sibipiruna, na 715 Norte, também reabriu na manhã desta quinta-feira (6/8). O estabelecimento está adaptado para receber os alunos respeitando as regras do protocolo de segurança estabelecido pela Secretaria de Educação. No entanto, até as 8h, nenhum pai havia levado o filho para o colégio.
Diretora da Escola Pedacinho do Céu, na 308 Norte, Karita de Sousa, informou que eles voltam com as atividades presenciais na tarde desta quinta-feira (6/8). “Fizemos uma pesquisa e resolvemos transferir os alunos da manhã para tarde porque tivemos maior procura para o período vespertino. Por enquanto, 20% dos nossos estudantes vão retornar “, disse a diretora.
O colégio atende crianças do ensino infantil até os seis anos de idade. “Futuramente, e de acordo com a demanda, vamos avaliar a volta do matutino. Estamos seguindo todo o protocolo e prontos para atender os nossos alunos com segurança. Fizemos treinamento dos funcionários para cada um saber como proceder na sua área. Estamos confiantes num retorno 100% seguro. As aulas remotas para os pais que ainda não se sentem confortáveis em enviar os filhos para a unidade, também vão continuar.”