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Escolas privadas do DF ficarão abertas para professores no lockdown

Os docentes podem ministrar as aulas remotas das salas para terem estrutura de internet e de material. GDF estuda retorno em 8 de março

atualizado

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Hugo Barreto/Metrópoles
Escolas privadas voltam às aulas presenciais
1 de 1 Escolas privadas voltam às aulas presenciais - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

Os professores das escolas privadas do Distrito Federal podem usar as dependências físicas das instituições para ministrar as aulas on-line aos 150 mil alunos matriculados na rede. Embora o governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), tenha decretado lockdown devido ao aumento da contaminação da Covid-19 em Brasília, as instituições se mantêm abertas, com a disponibilidade de internet, material e estrutura para os educadores.

As 570 instituições privadas da capital retomaram as aulas no fim de janeiro com o formato presencial em vigor, abrindo a possibilidade de os alunos da educação básica aderirem às aulas remotas, o chamado modelo híbrido. Desde então, a opção das famílias era crescente, e 70% dos pais já tinham demandado a inclusão dos filhos no estudo presencial.

No entanto, com a nova determinação do GDF, em 26 de fevereiro, as famílias se viram na mesma situação de 12 de março de 2020, quando todas as escolas fecharam e os professores começaram a gravar vídeos de suas casas, a fim de tentar passar o conteúdo para os estudantes dentro do cronograma previsto pelo Ministério da Educação.

A presidente do Sindicato dos Estabelecimentos Particulares do Distrito Federal (Sinepe/DF), Ana Elisa Dumont, explicou que hoje a situação é diferente do cenário de um ano atrás. “As escolas estão preparadas para ministrar as aulas on-line. As atividades presenciais estão suspensas, mas as escolas não estão fechadas, elas podem funcionar para transmissão dessas aulas. É uma demanda dos professores também no sentido de equipamento, apoio tecnológico e pedagógico do ensino”, disse ao Metrópoles.

Ana Elisa ainda ressalta que as instituições têm autonomia para atuar de acordo com o que achar melhor para as suas comunidades. “Algumas instituições tiraram o primeiro dia de lockdown para mandar material impresso aos alunos, outras já tiveram aula normal. As escolas cumprem o calendário e o conteúdo. Além disso, estamos mantendo todo o protocolo de profilaxia para atender os docentes e, quando a volta for autorizada, os alunos”, assinalou.

Veja vídeo gravado sobre o tema pela presidente do Sinepe-DF:

Quebra de rotina

O Sinepe se reuniu com integrantes do GDF na segunda-feira (1º/3) para debater o tema. A entidade apresentou ofício no qual diz que os protocolos de profilaxia vinham funcionando desde janeiro e que há condições de retorno.

Segundo dados do Sinepe, das 570 instituições de ensino vistoriadas pela Vigilância Sanitária, somente oito foram notificadas por não seguirem as regras para prevenção da doença entre os estudantes e professores.

O governador Ibaneis Rocha ouviu o pleito da categoria e do setor produtivo, mas frisou que só pode liberar as atividades com ensino presencial mediante a redução dos números de infectados e a abertura de leitos para os doentes. Hoje, o DF tem mais de 90% de suas unidades de terapia intensiva (UTIs) lotadas.

A promessa do governador é de que só será possível flexibilizar a abertura de atividades suspensas no lockdown, a exemplo de escolas e academias, quando a taxa de transmissão do novo coronavírus diminuir.

Na reunião, Ibaneis declarou não ter a intenção de prolongar o lockdown por um período superior a 15 dias. A previsão, se os dados melhorarem, é de que as escolas possam reabrir em 8 de março.

O coordenador-geral do Inei do Lago Sul, Álvaro Domingues, ressalta que a escola se preparou para o retorno presencial. Pontuou ainda que os estudantes começavam a se adaptar quando as atividades foram suspensas. “Foi com muita surpresa que recebemos o decreto da suspensão das aulas. Os alunos estavam se acostumando com o uso dos equipamentos de proteção individual”, frisou.

Segundo Álvaro Domingues, nesta semana, enquanto o decreto não é reavaliado, a escola permanece aberta para que seus docentes possam usar a tecnologia criada com o objetivo de atender à demanda da pandemia.

Veja posicionamento do diretor: 

Mais leitos

Com queda no índice de transmissão, o GDF poderá flexibilizar as restrições antes mesmo do prazo de 15 dias. Outra medida em marcha é ampliar a quantidade de leitos de UTIs. De acordo com o governo, até o fim desta semana, serão abertos mais 130. Há, ainda, negociações de mais 200 com o Ministério da Saúde. Em outra frente, o Palácio do Buriti tentar acertar entre 150 e 200 vagas na rede privada.

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