Escolas do DF vão propor que pais escolham entre aula presencial ou em casa
Sugestão de sindicato é que cada família opte pela modalidade mais compatível com a sua realidade durante a pandemia de Covid-19
atualizado
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Diante da possibilidade de as aulas retornarem somente em agosto no Distrito Federal, o Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Distrito Federal (Sinepe-DF) fará proposta ao Governo do DF: deixar que os pais escolham se querem o ensino presencial ou o remoto.
A entidade elabora pesquisa a fim de embasar as medidas de segurança e defende que não haja dilatação do prazo para a volta às salas de aula, além do dia 1º de junho.
Até essa quarta-feira (13/05), 20 mil responsáveis pelos alunos haviam respondido o questionário da entidade. “Defendemos que o retorno seja opcional e que os pais possam optar “, frisou o presidente do Sinepe, Álvaro Domingues.
Segundo o sindicalista, está sendo elaborado protocolo para que a volta seja gradativa e reduza o risco de alunos se infectarem com o novo coronavírus. De acordo com a medida, quem precisa deixar os filhos com os avós para trabalhar, por exemplo, poderia manter o homeschooling, mas os que não têm com quem deixar as crianças teriam a opção de encontrar as escolas abertas. Com menos estudantes, os centros de ensino garantiriam o respeito ao distanciamento de 1,5 metro recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
A pesquisa do Sinepe estará pronta na próxima segunda-feira (18/05), data também prevista para a abertura do comércio e de shoppings no DF. Veja o que pensa o presidente do sindicato:
Previsões
Os alunos das redes pública e privada de ensino de todos os níveis estão sem aulas desde o mês de março. A paralisação ocorre para evitar maior disseminação do novo coronavírus no DF, que hoje tem mais de três mil infectados. Embora novo decreto tenha previsto o retorno das atividades para 1º de junho, o governador Ibaneis Rocha (MDB) declarou, no início de maio, ainda não ter decidido a data para a reabertura das escolas no Distrito Federal e ressaltou que o mês de agosto o “agrada”.
“O ano letivo está quase perdido, está comprometido”, disse o emedebista, logo após reunião com a juíza Kátia Balbino de Carvalho Ferreira, da 3ª Vara Federal Cível, e com representantes do setor produtivo e do Ministério Público, no Palácio do Buriti. “Não é o momento ainda de a gente tratar disso. Tem que esperar a curva durante o mês de maio para fixar uma data efetiva”, assinalou.