Escola de Brazlândia é a 16ª a adotar modelo de gestão compartilhada
O modelo de gestão compartilhada no centro de ensino de Brazlândia foi solicitado por mães e pais dos alunos em fevereiro deste ano
atualizado
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Em assembleia realizada nesse sábado (23/4), o Centro de Educacional (CED) 02, em Brazlândia, decidiu adotar o modelo de gestão compartilhada. A instituição é a 16ª escola da rede pública do Distrito Federal a aderir ao projeto.
Com placar de 98 votos a favor e 57 contra, pais, responsáveis, professores e servidores votaram pela implementação. Agora, a decisão será encaminhada às secretarias de Educação (SEE) e de Segurança Pública (SSP).
De acordo com o subsecretário de Escolas de Gestão Compartilhada, coronel Alexandre Ferro, a gestão será implantada em um período de três a seis meses.
A possibilidade de escolher o modelo de gestão compartilhada na escola foi solicitada por mães e pais dos alunos do turno vespertino em 18 de fevereiro, durante reunião com o corpo docente.
“A comunidade escolar solicitou conhecer o projeto. Como gestora, eu preciso ouvir todos”, disse a diretora do CED 02, Mirian Kátia Correa. Segundo a educadora, a escola não apresentou casos de violência na volta às aulas presenciais. O Centro Educacional 2 é uma instituição de educação inclusiva, com projetos de recursos generalistas e de altas habilidades.
A discussão que antecedeu ao pleito durou duas horas. Argumentos pró e contra a implementação da gestão compartilhada foram apresentados. A diretora da unidade lembrou que a escola atingiu nota 5 na última avaliação do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), que mede os conhecimentos dos alunos em português e matemática.
Histórico
O projeto de escolas cívico-militares foi inaugurado em fevereiro de 2019 e adotado, até então, em 15 unidades de ensino do DF. Mais de 15 mil alunos da rede pública de ensino estudam nas escolas com gestão compartilhada. “O modelo é levado quando a escola decide que quer. É feita uma audiência pública e votam pais, responsáveis, alunos com mais de 16 anos e servidores, entre eles, terceirizados”, explicou o coronel Alexandre Ferro.
Segundo ele, nas escolas em que o modelo vigora, houve uma melhoria no Ideb, além de redução na evasão escolar e da reprovação de alunos. “O modelo tem sido eficiente no Distrito Federal. Ele cultua valores cívicos e morais, ética, disciplina e respeito ao professor”, disse o subsecretário de Escolas de Gestão Compartilhada.
Karine Moreira, mãe de uma menina que cursa o oitavo ano no Centro Educacional 2, aprova a gestão compartilhada. Ela disse que votou a favor do modelo por estar preocupada com a segurança na escola.
De acordo com Wagner Santana, representante da Secretaria de Educação que atua ponto focal das escolas cívico-militares da pasta, além da escola de Brazlândia, duas outras, no Lago Norte e em Samambaia, solicitaram a realização de audiência para conhecer o modelo.
Modelos
O Distrito Federal conta com dois modelos de gestão cívico-militar nas escolas. O primeiro é uma parceria entre as secretarias de Educação e de Segurança Pública, em que a segunda pasta encaminha o efetivo da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros para lidar com a área disciplinar.
Ofertam-se atividades extracurriculares e ações disciplinares voltadas à formação cívica, moral e ética para o bem-estar social, como prevê a Portaria Conjunta nº 22, de 28 de outubro de 2020, que atualiza a anterior, de 12 de setembro de 2019.
Já o outro modelo é uma parceria entre o Ministério da Educação e as Forças Armadas. Das 15 escolas de gestão compartilhada, quatro seguem esse formato, em que os militares da reserva desenvolvem as atividades.
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