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“Era uma mulher muito guerreira”, diz prima de vítima de feminicídio no DF

Cilma da Cruz Galvão, 50 anos, foi encontrada morta pelo filho no apartamento onde morava com o companheiro, principal suspeito do crime

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Sindiserviços-DF/Divulgação
Cilma da Cruz Galvão
1 de 1 Cilma da Cruz Galvão - Foto: Sindiserviços-DF/Divulgação

Cilma da Cruz Galvão, 50, esfaqueada e morta pelo marido no domingo (3/10), vivia um relacionamento conturbado com o companheiro, principal suspeito de assassiná-la. O crime ocorreu nesse sábado (2/10). Segundo Valdilene Silva, 47, prima da vítima, desde que Cilma começou o namoro, estava mais reservada em casa.

Segundo Valdilene, o casal começou a morar junto na Quadra 203, no Setor Total Ville, em Santa Maria, 15 dias após o início do relacionamento. “Foi tudo muito rápido. Eles se conheceram e, 15 dias depois, a Cilma o botou para dentro da casa dela e aconteceu o que aconteceu. As irmãs dela nunca quiseram que ela vivesse com esse homem, já que era um desconhecido”, contou a prima.

Cilma foi encontrada por volta das 12h, sem vida, no apartamento onde morava com Evanildo das Neves da Hora, 37, conhecido pelos vizinhos como Baiano. Ele segue foragido. O homem havia sido condenado por tentativa de homicídio na Bahia.

Valdilene contou ao Metrópoles que Cilma passou a andar de cabeça baixa e conversava pouco com a família. “Vivia mais dentro de casa, e sabíamos muito pouco da vida dela. Ela não era assim. Não sei se eles viviam bem, mas a última coisa que soubemos era que ela tinha falado que não queria mais ficar com ele”, revelou.

O motivo para a decisão de término ainda é um mistério para a família, mas Evanildo não aceitava o fim do relacionamento. “Ele não queria sair de casa e é muito triste, porque a minha prima era uma mulher muito guerreira, tinha o apartamento dela, carro dela e não precisava dele para nada”, lamentou Valdilene.

O crime

No domingo, o filho da vítima telefonou para a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) após tentar contato com a mãe diversas vezes. Como ela não atendia ao telefone, ele foi até o endereço e, ao arrombar a porta, encontrou a mulher morta. Quando o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) chegou ao local, ela apresentava rigidez cadavérica e perfurações pelo corpo.

Veja imagens da câmera de segurança do prédio: 

Políticas para mulheres

Cilma atuava como diretora de Políticas para Mulheres e Combate ao Racismo no Sindicato dos Empregados em Empresas de Asseio, Conservação, Trabalho Temporário, Prestação e Serviços Terceirizáveis no Distrito Federal (Sindserviço-DF).

A presidente do Sindserviços, Maria Isabel dos Reis, lamentou a morte da companheira. “Nossa amiga perdeu a vida de uma maneira tão trágica que é o feminicídio. Ela vai nos deixar muita saudade na direção do Sindserviço e na vida dos colegas de trabalho que ela convivia”, afirmou.

Um perfil de Cilma no site do Sindserviços descreve que a mulher era natural de Codó, no Maranhão (MA), e ingressou na direção da entidade em 2007. Ela era funcionária da empresa Ipanema. O texto a descreve como uma pessoa “atuante e representativa”, presença constante nos congressos da CUT Brasília (Cecut-DF) e do Congresso Nacional dos Trabalhadores das Áreas de Serviços e Comércio, promovido pela Contracs-CUT.

Em 2010, participou da Associação dos Moradores do Residencial Dom Bosco, em Cidade Ocidental (GO).

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