Enviado ao MPDFT, inquérito sobre advogado que atropelou mulher indica “motivo fútil”
Ministério Público deve decidir se apresenta denúncia contra Paulo Ricardo Moraes Milhomem ou se pede à polícia mais investigações
atualizado
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A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) enviou nesta terça-feira (31/8) ao Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) o inquérito que investiga o advogado Paulo Ricardo Moraes Milhomem, 37 anos, que atropelou propositalmente a também advogada e servidora pública Tatiana Machado Matsunaga, 40 anos. O relatório policial indicia Milhomem por tentativa de homicídio qualificado por motivo fútil.
O caso aconteceu no dia 25 de agosto, quando Paulo Ricardo atropelou Tatiana após uma briga de trânsito no Lago Sul. O momento em que a advogada e servidora da Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do DF (Adasa) é atropelada foi registrado por câmeras de segurança. O condutor do veículo não prestou socorro à vítima, mas se apresentou à delegacia acompanhado de um advogado. Em seguida, foi preso em flagrante.
No dia do atropelamento, Paulo Ricardo seguiu a advogada desde a quadra QI 15, no Lago Sul, até a casa da mulher, na QI 19. Quando Tatiana chegou em frente de casa e saltou do veículo, Paulo Ricardo a atropelou com um Fiat Idea. Ainda havia um menino de 8 anos dentro do carro, filho da vítima.
Veja:
No dia seguinte ao atropelamento, a juíza Paula Afoncina Barros Ramalho converteu o flagrante em prisão preventiva e manteve o motorista na cadeia. Para a magistrada, as circunstâncias indicam, em primeiro juízo, a especial periculosidade do agente e “fornecem base empírica idônea à conclusão de que sua liberdade afetará a ordem pública”.
Durante a audiência de custódia, o acusado afirmou que não teve intenção de “lesionar” a vítima. O MPDFT confirmou o recebimento do inquérito, que está com a Promotoria de Justiça do Tribunal do Júri. Agora, o órgão de controle deve decidir se apresenta denúncia na Justiça contra Milhomem ou se pede mais investigações à polícia.