Sindicato lamenta morte de professor: “A Educação pede paz!”
Coordenador pedagógico foi morto por um aluno na tarde desta sexta-feira (30/08/2019), em Águas Lindas (GO)
atualizado
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O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Goiás (Sintego) divulgou nota lamentando a morte do coordenador pedagógico Bruno Pires de Oliveira, do 41 anos, no Colégio Estadual Machado de Assis, em Águas Lindas (GO). Ele foi esfaqueado na tarde desta sexta-feira (30/08/2019). O suspeito é um estudante da instituição de ensino, de 18 anos, e que está foragido.
O professor temporário do colégio foi socorrido, porém não resistiu. “É lamentável. Mais uma morte trágica no ambiente escolar, que reitera a necessidade da proteção doas profissionais da Educação. É preciso agir para que vidas não mais sejam retiradas. Basta de tanta violência! A Educação pede paz!”, disse a presidente do Sintego, Bia de Lima.
O suspeito foi identificado como Anderson da Silva Leite Monteiro, 18, que, segundo testemunhas, deu uma única facada no abdômen da vítima. Segundo o delegado plantonista de Águas Lindas, Rodrigo Mendes, Anderson feriu a vítima após a última aula do dia, às 11h55, e estava bastante nervoso. Ele se encontrou com Bruno no estacionamento, no momento em que o professor se dirigia até a sua moto para retornar para casa.
“A gente ainda está investigando, mas há a hipótese de que ele tenha surtado. O Anderson não é um aluno com histórico de violência, não possui passagens pela polícia, mesmo quando menor e, apesar de nunca ter tido boas notas, também nunca foi agressivo. Era um aluno aparentemente tranquilo”, conta Mendes. De acordo com o investigador, os pais do menino eram participativos na comunidade escolar.
O motivo da raiva e nervosismo foi um burburinho que se espalhou pelo colégio de que ele seria desligado do programa Mais Educação, direcionado a alunos dos 6º e 7º ano e focado em atividades pedagógicas e esportivas. “Pelo visto, ele gostava muito desse programa e a escola não confirmou o desligamento”.
Segundo caso
A morte do professor Bruno é o segundo caso no estado de Goiás somente este ano de violência extrema no ambiente escolar. Em abril, o coordenador pedagógico Júlio César Barroso de Sousa foi morto a tiros, por um estudante da Escola Estadual Céu Azul, em Valparaíso de Goiás.