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Segundo MP, padre é sócio oculto de lotérica comprada por R$ 450 mil

O estabelecimento, localizado em Posse (GO), foi colocado em nome de dois laranjas, presos juntamente com padre Moacyr

atualizado

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Vinicius Santa Rosa/Especial para o Metrópoles
Igreja Formosa 2
1 de 1 Igreja Formosa 2 - Foto: Vinicius Santa Rosa/Especial para o Metrópoles

Interceptações telefônicas feitas com autorização da Justiça mostram como os religiosos presos nesta segunda-feira (19/3), no âmbito da Operação Caifás, investiam o dinheiro supostamente desviado do dízimo dos fiéis. Bens, como uma casa lotérica em Posse, em Goiás, foram adquiridos com quantias vultosas.

O estabelecimento teria sido comprado pelo padre Moacyr Santana com recursos desviados da paróquia de Planaltina de Goiás, ao custo de R$ 450 mil. “A lotérica foi colocada em nome dos laranjas Pedro e Rubinho, permanecendo o padre como sócio oculto do negócio”, diz trecho do documento que embasou o pedido de prisão, busca e apreensão feito pelo Ministério Público (MP) à Justiça.

O MP se refere a Antônio Rubens Ferreira e Pedro Henrique Costa Augusto, que também foram presos temporariamente nesta segunda, junto com o padre Moacyr. O pedido aponta ainda que o dinheiro foi desviado em 2015 e, de forma desconhecida, o religioso se apropriou da quantia.

O contador teria orientado o padre a produzir um documento ideologicamente falso, no qual declarava que tais valores, na realidade, não existiam. As conversas também incluem o monsenhor Epitácio Cardozo Pereira, de Planaltina de Goiás, que também está entre os presos.

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Trecho dos diálogos interceptados pelo MP
Dinheiro apreendido na casa do monsenhor Epitácio, em Planaltina de Goiás
Igreja de Formosa
Delegado e promotores que comandaram operação
Igreja de Formosa: segundo MP, doações de fiéis eram desviadas
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Trecho dos diálogos interceptados pelo MP

MPGO/Reprodução
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Trecho dos diálogos interceptados pelo MP

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Dinheiro apreendido na casa do monsenhor Epitácio, em Planaltina de Goiás

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Delegado e promotores que comandaram operação

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Igreja de Formosa: segundo MP, doações de fiéis eram desviadas

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Durante a operação, o MP e a Polícia Civil do estado encontraram na casa de Epitácio R$ 70 mil escondidos no fundo falso de um armário. O dinheiro, segundo os investigadores, pode ter sido desviado de dízimos pagos por fiéis da Igreja Católica.

O bispo de Formosa, dom José Ronaldo, também foi colocado atrás das grades. As investigações começaram após o Ministério Público ter recebido denúncias de fiéis que desconfiaram dos desvios. Entre as suspeitas, estava o fato de as despesas da casa episcopal de Formosa, onde o bispo mora, terem passado de R$ 3 mil para R$ 50 mil desde que dom José Ronaldo assumiu o posto.

Confira os nomes dos religiosos presos:

 

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Bispo dom José Ronaldo, de Formosa
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Padre Moacyr é suspeito de ser sócio oculto de lotérica

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