Réu por assassinato de empresário, Cacai Toledo é preso pela PCGO
PCGO prendeu o político e coordenador Carlos César Savastano Toledo, conhecido como Cacai Toledo, na tarde desta segunda-feira (3/6)
atualizado
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A Polícia Civil de Goiás (PCGO) prendeu o político e ex-coordenador de campanha do Democratas Carlos César Savastano Toledo, conhecido como Cacai Toledo, na tarde desta segunda-feira (3/6). Ele é réu pela morte do empresário Fábio Alves Escobar Cavalcante, que denunciava um esquema de propina e crimes em Anápolis, Goiás, em 2019.
Cacai Toledo era considerado foragido desde o fim do ano passado, quando teve a prisão solicitada. A ação foi realizada por meio da Delegacia Estadual de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), em ação integrada com a Superintendência de Inteligência da PCGO.
Morte de empresário
“Ou pega ou morre”, disse Fábio Alves Escobar Cavalcante ao mencionar uma tentativa de suborno que recebeu pouco depois das eleições de 2018. Na época da proposta, ele contou que não aceitou a quantia de R$ 150 mil.
O empresário acabou sendo assassinado anos depois conforme a promessa relatada. Sua execução desencadeou outras sete mortes em uma longa queima de arquivo, prendeu policiais militares envolvidos em chacinas e abalou a estrutura política goiana.
Em fevereiro, a Justiça de Goiás aceitou a denúncia que acusa Cacai, ex-presidente do partido Democratas (atual União Brasil) em Anápolis, de ser o autor intelectual do assassinato de Escobar.
O político, conhecido como Cacai Toledo, era o principal alvo das denúncias feitas pela vítima, e eles chegaram a trabalhar juntos durante eleições no estado, em 2018. A acusação também inclui outros três policiais militares.
De acordo com o inquérito policial, conduzido pela Draco, o político demonstrou descontentamento por diversas vezes com as denúncias e críticas que a vítima estava divulgando.
Um coronel da Polícia Militar de Goiás (PMGO) chegou a testemunhar afirmando que foi procurado por Cacai Toledo para conversar sobre as desavenças pessoais com Escobar e avisado de que a única forma de resolver o problema seria “matando”. O militar pontuou, ainda, que o homem lhe entregou um documento contendo os dados cadastrais de Fábio Escobar.