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Polícia faz busca em fazenda onde homens dizem ter visto “Novo Lázaro”

Três funcionários de uma fazenda contaram que conversaram com um homem que seria Wanderson Protácio, procurado por três homicídios em Goiás

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Forças policiais fazem buscas em fazenda onde Wanderson Protácio teria sido visto
1 de 1 Forças policiais fazem buscas em fazenda onde Wanderson Protácio teria sido visto - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

Gameleira de Goiás – Três funcionários de uma estufa de pimentões e tomates afirmam ter visto e conversado com o caseiro Wanderson Mota Protácio na fazenda em que trabalham em Gameleira de Goiás. Acusado de matar três pessoas, o jovem é procurado há cinco dias na região. A denúncia foi feita na manhã desta sexta-feira (3/9). A polícia cercou o local atrás de pistas do fugitivo.

Os funcionários contaram ao Metrópoles que estavam cuidando de pimentões dentro da estufa por volta das 9h30. Foi quando quando perceberam um desconhecido se aproximar do lado de fora. Esse homem teria tentado entrar dentro do espaço por um buraco da tela da estufa, mas teria recuado.

“Ele perguntou se a gente morava em Goianápolis e disse que era de lá. Ele tava com uma camiseta polo, boné, botina, uma corrente grossa de prata e o celular na mão”, relatou um dos funcionários.

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Propriedade rural na região de Gameleira de Goiás
Forças policiais faziam buscas em fazenda onde Wanderson Protácio teria sido visto
Funcionários teriam conversado com um homem desconhecido na propriedade
A conversa teria sido em uma estufa de pimentões
Funcionário de fazenda em Gameleira de Goiás disse ter visto Wanderson Protácio
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Porteira de fazenda na região de Gameleira de Goiás

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Propriedade rural na região de Gameleira de Goiás

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Forças policiais faziam buscas em fazenda onde Wanderson Protácio teria sido visto

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Funcionários teriam conversado com um homem desconhecido na propriedade

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A conversa teria sido em uma estufa de pimentões

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Funcionário de fazenda em Gameleira de Goiás disse ter visto Wanderson Protácio

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O desconhecido teria dito que estava a caminho de Goianápolis

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Fazenda onde Wanderson foi visto no município de Gameleira de Goiás

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Povoado de Mocambinho, município de Gameleira de Goiás

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Viatura da PM fazia buscas pelo caseiro Wanderson Mota Protácio

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Atenções dos policiais estavam voltadas para zona rural

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Forças de segurança buscavam pistas do suspeito pela região

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Wanderson Protácio é acusado de três homicídios

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Desconfiança

Os trabalhadores contaram que ele era jovem e magro. O homem perguntou se tinha trabalho na fazenda. Eles imaginaram que aquela pessoa poderia ser Wanderson e tentaram mantê-lo no local. Enquanto isso, um deles foi até uma casa da fazenda.

“Não deu pra perceber se ele estava armado, mas tinha uma coisa no bolso dele. Ele falou que morava em uma chácara aqui perto. Mas essa chácara está abandonada. Falamos para ele que tinha muito trabalho na fazenda, mas ele vazou”, relatou um dos funcionários.

Outro trabalhador conta que chegou a pedir para ele ficar mais tempo. “Falei para ele: “Espera aí, aqui tem muito trabalho”. Só que ele falou que tinha que ir embora, que ia voltar depois com a mulher dele.”

O suspeito então deixou a chácara na direção de uma mata ao lado de uma das plantações de soja da região.

Os trabalhadores que viram o suspeito estão amedrontados com a aparição. “A gente está meio cismado, porque esse cara pode parecer aqui novamente”.

A polícia foi acionada e foi até o local. O delegado responsável pela investigação e o prefeito de Gameleira também foi na fazenda. Os policiais civis e militares realizam buscas na região, pelas estradas de terra e matagais.

A região é a mesma em que um trabalhador rural diz ter dado carona de moto para um homem parecido com Wanderson na quinta-feira (2/12). Depois disso, até as aulas na única escola municipal do povoado de Mucambinho foram suspensas.

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Cartaz de Wanderson Protácio, suspeito procurado de cometer crimes em série em Corumbá de Goiás
Wanderson Mota Protácio tinha antecedente criminal por homicídio
Caseiro Wanderson Mota Protácio, durante depoimento à Justiça, em 2019
Wanderson Mota Protácio era acusado de matar a esposa e a enteada em Corumbá de Goiás
Wanderson Mota Protácio é suspeito de matar a própria companheira, grávida, e a enteada em Goiás
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Estrada de terra na região onde buscas por Wanderson Mota ocorrem

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Cartaz de Wanderson Protácio, suspeito procurado de cometer crimes em série em Corumbá de Goiás

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Wanderson Mota Protácio tinha antecedente criminal por homicídio

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Caseiro Wanderson Mota Protácio, durante depoimento à Justiça, em 2019

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Wanderson Mota Protácio era acusado de matar a esposa e a enteada em Corumbá de Goiás

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Wanderson Mota Protácio é suspeito de matar a própria companheira, grávida, e a enteada em Goiás

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Local onde criminoso matou a família em Corumbá de Goiás

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Veículo abandonado tinha marcas de sangue

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Carro usado em fuga foi abandonado na beira de rodovia

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Investigações

Equipes policiais se concentraram na região entre o final da manhã de quinta e o início da tarde, mas o movimento de viaturas diminuiu bastante conforme foi se aproximando a noite. As aulas da escola municipal do povoado de Mucambinho, próximo à fazenda em que o suspeito foi visto, foram suspensas desde quinta.

Mesmo com a aparente calmaria depois da carona para o suspeito, o trabalhador rural que deu a carona diz ainda estar abalado com a situação.

“Eu quase nem dormi essa noite preocupado com minha família. Para mim é um terror. A hora que pegar o bandido eu fico satisfeito.”

Crimes em série

Os crimes em série de Wanderson Protácio teriam sido praticados no fim da tarde de domingo (28/11). De acordo com a Polícia Civil, o jovem teria matado a facadas a própria esposa, Raniere Aranha Figueiró, de 19 anos, e a filha dela, Geysa Aranha da Silva Rocha, de 2 anos.

Na sequência, o caseiro invadiu a casa de um vizinho, roubou o revólver dele e matou a tiros o produtor rural Roberto Clemente de Matos, de 73 anos. Ele teria cometido o crime para roubar uma camionete. Neste mesmo episódio, teria tentado estuprar a esposa da vítima, de 45 anos, não conseguiu e a baleou. A mulher sobreviveu.

A caminhonete roubada foi abandonada em uma rodovia da região. Wanderson vendeu o celular que pertencia a sua esposa a um receptador de Alexânia, que acabou sendo preso. Da cidade, ele fugiu de táxi pelo menos até Abadiânia. Um taxista confirmou ao Metrópoles que fez a viagem e relatou o perigo que enfrentou sem saber.

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Taxista transportou Wanderson Mota Protácio, suspeito de três mortes em Goiás, de Alexânia a Abadiânia, no Entorno do DF
Guichê de empresa de ônibus em Alexânia onde Wanderson comprou bilhete de passagem para a capital
Rodoviária de Alexânia, onde Wanderson Protácio teria planejado embarcar para Goiânia
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Mensagens chegaram no celular do taxista no momento em que ele transportava o suspeito, mas ele só as viu depois

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Taxista transportou Wanderson Mota Protácio, suspeito de três mortes em Goiás, de Alexânia a Abadiânia, no Entorno do DF

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Guichê de empresa de ônibus em Alexânia onde Wanderson comprou bilhete de passagem para a capital

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Rodoviária de Alexânia, onde Wanderson Protácio teria planejado embarcar para Goiânia

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Currículo criminoso

Essa onda de crimes não é única passagem de Wanderson pelo mundo do crime. Em 2019, ele esfaqueou várias vezes uma jovem de 18 anos no dia do aniversário dela. O caso foi em Goianápolis (GO). O agressor só parou com os ataques porque a faca quebrou. Ele chegou a ser preso pela tentativa de feminicídio. À época, em uma audiência, ele zombou do episódio. O jovem acabou sendo solto em março de 2020.

Em 25 de novembro aquele ano, Wanderson se envolveu em outro crime, dessa vez em Minas Gerais. Ele é apontado como participante na morte do taxista Maurício Lopes Mariano, de 25 anos, em São Gotardo. Ele foi preso na região junto com outras três pessoas (dois adolescentes) pelo crime. O taxista teria sido amarrado com o cinto de segurança e esfaqueado até a morte.

Chama a atenção o caso de Wanderson e as semelhanças com a história do criminoso Lázaro Barbosa, de 32 anos, que cometeu crimes em série no Entorno do DF em junho deste ano. Após cometer homicídios em sequência, o também caseiro passou 20 dias fugindo das forças policiais na região, até ser morto em um confronto no dia 28 de junho.

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