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Padrasto de estudante desaparecida há três meses é preso

O homem é o principal suspeito do sumiço da estudante de enfermagem Thayná Ferreira Alves. A polícia trabalha com a hipótese de homicídio

atualizado

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1 de 1 Thayna-700×5771 - Foto: Reprodução

Após três meses de investigação do desaparecimento da estudante Thayná Ferreira Alves, 21 anos, a Polícia Civil de Goiás prendeu nesta quinta-feira (25/5) o padrasto da jovem. Ele afirma ter deixado a estudante em um ponto de ônibus da BR-040, em Valparaíso (GO), no dia 16 de fevereiro deste ano. Depois disso, ela não foi mais vista.

Em entrevista coletiva nesta quinta, o delegado responsável pelo caso, Rafael Abraão, disse que a polícia trabalha com a hipótese de que o padrasto, cujo nome não foi revelado, tenha matado e ocultado o cadáver da jovem. De acordo com o delegado, inconsistências no depoimento do suspeito, cruzamento dos dados telefônicos e de localização do celular dele e a confirmação de haver sinais de sangue em um facão pertencente ao homem levaram a polícia a pedir a prisão temporária do acusado.

Em seu depoimento à polícia, após o desaparecimento da estudante, o padrasto afirmou ter deixado Thayná em um ponto de ônibus, mas a jovem não costumava usar transporte coletivo: ela tinha carro próprio e, de acordo com familiares, o usava “até para ir à padaria”. Além disso, o homem voltou ao apartamento da família três vezes após supostamente deixar a enteada na parada de ônibus. Imagens de câmeras de segurança do prédio, obtidas pela polícia, mostraram o padrasto saindo do imóvel com várias sacolas nas três ocasiões.

Aos investigadores, ele justificou que a estudante pediu que ele levasse até a parada alguns objetos pessoais, mas o homem não soube informar para onde a jovem seguia e por que precisaria de roupas e outros itens.”Ele também não soube explicar as informações de localização, obtidas a partir dos dados de seu celular. Ficou confuso quando perguntamos o que foi fazer, no mesmo dia, na Cidade Ocidental (GO), local propenso à desova de corpos. Vamos concentrar nossas buscas nessa área, a partir da próxima semana”, afirmou o delegado Rafael Abraão. “Pedimos a prisão para avançarmos na investigação”, acrescentou.

Sangue
Exames preliminares apontaram presença de sangue, possivelmente humano, em um facão pertencente ao padrasto e apreendido pela polícia. As roupas que o homem usava no dia do desaparecimento de Thayná e o carro do suspeito também passaram por exames. “Agora falta o resultado do exame de DNA para afirmarmos, com toda certeza, se o sangue é humano e se é dela. Ele também não soube explicar a origem do sangue no facão”, detalhou o chefe da investigação.

Para a polícia, a motivação do crime seria uma discussão entre a jovem e o padrasto ocorrida em dezembro do ano passado. Na ocasião, a estudante decidiu fazer uma festa surpresa de aniversário para a mãe, mas o atual companheiro da mulher ficou enciumado com a presença de amigos da esposa na confraternização.Segundo relatos de testemunhas, ele discutiu e chegou a virar uma mesa.

Thayná, então, acionou a polícia, denunciando o padrasto por ter uma arma escondida no carro. Ao atender à ocorrência, a PM descobriu o revólver e prendeu o homem por posse ilegal de arma de fogo. “Ele nunca tinha sido preso, então se sentiu humilhado. Essa seria a motivação para o crime. Depois desse episódio, segundo relatos de outros parentes, Thayná e o padrasto tiveram várias brigas”, resumiu o delegado Rafael Abraão. A 1ª Delegacia de Polícia de Valparaíso segue em busca do paradeiro da jovem Thayná.

(Aguarde mais informações)

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