PCGO investiga esquema em cemitério de Planaltina de Goiás
Foram cumpridos mandados de prisão contra empresário e ex-secretário de Transportes do município que fica no Entorno do DF
atualizado
Compartilhar notícia
A Polícia Civil de Goiás deflagrou, nessa quinta-feira (25/07/2019), mais uma fase da Operação Redenção. A investigação apura suposto esquema de divisão de lucros no cemitério de Planaltina de Goiás, envolvendo um empresário, um servidor e o vereador da região. Foram cumpridos mandados de prisão contra Márcio Prudêncio, do ramo funerário; e de José Alvaro Benevides, ex-secretário de Transportes da cidade, conhecido como “Cunhadinho”.
Benevides já estava detido desde o dia 9 de julho, sob acusação de receber propina de empresas de coleta de lixo do Distrito Federal. O vereador Aroldo Alves do Nascimento (PTB) também teve a prisão preventiva decretada, mas não foi encontrado pela polícia. Segundo a defesa do político, ele deve se apresentar na próxima segunda-feira (29/07/2019).
De acordo com Cristiomário Medeiros, delegado responsável pela operação, o empresário Márcio Prudêncio atuava sem licitação no Cemitério Municipal Redenção e cobrava aproximadamente R$ 900 de cada família para realizar sepultamentos. Parte do dinheiro, segundo Medeiros, seria repassado ao vereador e ao ex-secretário para que a empresa funerária pudesse continuar atuando, apesar da irregularidade. O esquema teria começado por volta de 2017.
O Metrópoles entrou em contato com a defesa de Prudêncio, que preferiu, até a última atualização desta reportagem, não se manifestar. José Carlos Ferreira, advogado do vereador Aroldo Alves, afirma que teve acesso aos autos e considera “frágeis as colocações neles inseridas”. Diz, ainda, que o suspeito nega toda e qualquer acusação. Em fase anterior da operação, a polícia já havia cumprido mandados de busca e apreensão no gabinete dele (foto em destaque).
“Ele não foi encontrado no dia da operação, pois estava fora do estado de Goiás, em viagem, mas já está retornando. Vai se apresentar na delegacia de Planaltina de Goiás”, assegura o advogado. “Não existe nenhuma prova concreta nos depoimentos. Temos também documentos que comprovam a inocência dele.”
O delegado diz que a Polícia Civil chegou ao esquema no cemitério por meio das investigações contra José Alvaro, acusado de receber propina de empresas de coleta de lixo do DF para permitir que as companhias descartassem os dejetos na cidade goiana. Ele também é alvo de denúncia de estupro de vulnerável.