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Namorada de professor morto: “Gostaria de ter mais um minuto com você”

Gracielle Tavares usou redes sociais para se despedir do companheiro. Enterro será neste sábado, às 15h, no cemitério de Taguatinga

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1 de 1 crime-contra-o-professor - Foto: Reprodução / Facebook

A professora de história Gracielle Tavares fez post no Facebook para despedida do namorado, o coordenador pedagógico Bruno Pires de Oliveira, 41 anos. O docente foi assassinado por um aluno. O crime chocou a comunidade de Águas Lindas (GO), cidade do Entorno do DF, nesta sexta-feira (30/08/2019). O educador será enterrado neste sábado (31/08/2019), às 15h, no cemitério de Taguatinga.

Gracielle namorava a vítima há cerca de um ano e também lecionava na Escola Municipal Machado de Assis, local da tragédia. Anderson Silva, 18, é o principal suspeito. A polícia acredita que o rapaz teve um surto psicótico após saber que seria desligado de um programa de atividades esportivas. O estudante continua foragido.

“Por mais lágrimas que escorram no meu rosto, sei que meus olhos jamais irão secar. Você se foi, meu amor, e eu sei que não voltarei a encontrar seu corpo no meu. Vou sentir sua falta todos os dias e em qualquer instante, amor! Gostaria de ter mais um minuto com você para sentir seu abraço e poder beijar seu rosto nem que fosse pela última vez. Faria tudo, meu bem, para escutar sua voz novamente e sentir uma vez mais felicidade no meu coração”, escreveu Gracielle no Facebook.

Ainda na publicação, a companheira de Bruno faz uma promessa: “Por mais difícil que seja conviver com o dia a dia sem você, eu vou ser feliz por nós dois. E juro que nosso amor vai resistir à saudade, à distância; à morte. Descanse em paz, meu bem. Até um dia”.

Veja a publicação:

 

O crime ocorreu por volta do meio-dia de sexta. Segundo a Polícia Civil de Goiás, o Grupo de Investigação de Homicídios (GIH) de Águas Lindas apura o caso.

Após o crime, a escola foi evacuada e as aulas foram suspensas. Apenas diretores e coordenadores de curso puderam ficar dentro do colégio. Kris Cleyton Araújo, coordenador-geral de educação do município, esteve no local assim que foi informado do assassinato.

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Vigília na escola
Manifestação dos estudante da escola na marginal da BR-070
Moradores do município fazem ato pelo professor morto
Vigília na escola
Polícia Militar foi acionada no dia do crime
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Manifestação dos estudante da escola na marginal da BR-070

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Moradores do município fazem ato pelo professor morto

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Polícia Militar foi acionada no dia do crime

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Movimentação de policiais em frente ao colégio

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Rodrigo Mendes, delegado plantonista da 1ª Delegacia de Polícia de Águas Lindas (GO)

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Colégio Estadual Machado de Assis, em Águas Lindas (GO)

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As aulas foram suspensas por cinco dias

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Manifestação dos estudantes da escola na marginal da BR-070

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Polícia Militar na entrada de escola no estado de Goiás

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Bruno Pires foi morto na escola

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Nervoso

Segundo o delegado plantonista de Águas Lindas, Rodrigo Mendes, o principal suspeito do crime “estava muito nervoso” na última aula do dia, por volta das 11h55. Anderson se encontrou com Bruno no estacionamento, no momento em que o professor se dirigia até a sua moto para ir embora. Nessa ocasião, o estudante desferiu um único golpe de faca no docente e fugiu. A lâmina perfurou o fígado do educador, que tinha contrato temporário.

“Bruno entrou na sala dos professores e disse que o ‘Anderson Grandão’ o havia atacado. Uma professora nem acreditou e chegou a sair para ver se encontrava o jovem. A vítima chegou a ser socorrida, mas morreu no hospital”, detalha o delegado Mendes.

 

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Faca usada no crime: aluno saiu da sala e voltou com a arma para matar professor

 

 

“A gente ainda está investigando, mas há a hipótese de que ele tenha surtado. O Anderson não é um aluno com histórico de violência, não possui passagens pela polícia, mesmo quando menor, e, apesar de nunca ter tido boas notas, também nunca foi agressivo. Era um aluno aparentemente tranquilo”, conta Mendes. De acordo com o delegado, os pais do menino eram participativos na comunidade escolar.

Quando Anderson saiu da última aula de sexta-feira, a professora estranhou o comportamento do rapaz. O motivo da raiva e nervosismo foi um burburinho que se espalhou pelo colégio de que ele seria desligado do programa Mais Educação, direcionado a alunos dos 6° e do 7° ano e focado em atividades pedagógicas e esportivas. “Pelo visto, ele gostava muito desse programa e a escola não confirmou o desligamento”, acrescentou o policial.

Mais tarde, o delegado titular do Grupo de Investigação de Homicídios (GIH), Cleber Martins, confirmou que o aluno havia sido excluído do programa escolar. “Estamos apurando três versões: uma era a de que ele teria saído por indisciplina; outra, de que ele teria problemas de saúde, possivelmente cardíaco, e desmaiava nas atividades físicas; e também a questão da idade, por ser bem maior e mais velho que os colegas de classe.”

De acordo com o investigador, não foi Bruno quem tirou Anderson do programa. “Foi outra professora, e eu não sei se ele pensou que a vítima tivesse interferido. O aluno vai responder, a princípio, por homicídio qualificado com uso de meio que dificultou a defesa da vítima”, explica.

A faca usada no crime teria sido emprestada por outro colega, ainda do lado de dentro da escola. “Ninguém viu claramente o que aconteceu. Os alunos já tinham sido liberados e os funcionários estavam almoçando na sala dos professores. Não houve reação, ele chegou para os colegas estancando os ferimentos, disse que tinha sido esfaqueado e pediu para ser socorrido”, finalizou o delegado.

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