Moradores denunciam sumiço de líder comunitário em Águas Lindas (GO)
Baiano desapareceu na última terça-feira (20), no Camping Clube, na cidade do Entorno do DF, supostamente por criticar o atual prefeito do município
atualizado
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O desaparecimento de Vanderlúcio da Costa Souza, conhecido como Baiano do Camping Club, deixou os moradores de Águas Lindas (GO), Entorno do DF, assustados. Uma manifestação foi realizada no km 3 da BR 070, na manhã desta sexta-feira (23/9), para chamar a atenção das autoridades e cobrar mais empenho nas investigações.
Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), houve uma interdição total em ambos os sentidos. Cerca de 50 pessoas participaram do ato. Baiano desapareceu na última terça (20), no Camping Clube de Águas Lindas, supostamente por denunciar o atual prefeito do município.
O líder comunitário dizia que existe um esquema de corrupção envolvendo uma empresa fantasma no Bairro Jardim da Barragem IV, e que o valor das transações estaria estimado em R$ 7 milhões. Baiano também denunciou que o vice-prefeito de Águas Lindas, Luiz Alberto de Oliveira, conhecido popularmente como Jiribita, passou mais de oito anos sem pagar o IPTU e sem ser cobrado.
Na quinta (22), o prefeito Hildo do Candango fez uma reunião com representantes da Polícia Civil, Militar e com a juíza da 1° Vara Criminal, Cláudia Silva de Andrade Freitas. Na ocasião, as autoridades discutiram sobre o andamento das investigações.
O caminhão de Vanderlúcio da Costa foi localizado por moradores com todos seus pertences e ainda passará por perícia. Novas diligências também serão cumpridas pela Polícia Civil nos próximos dias.
Crimes políticos
As denúncias de crimes políticos não são raras na região do Entorno. Em agosto, o Pastor Paulino, presidente da coligação (PR/PRP/SD), que apoia a candidata Estela Souza (PR) para prefeita nas eleições municipais deste ano em Santo Antônio do Descoberto (GO), foi morto com quatro tiros no peito.
Em 24 de julho, o jornalista João Miranda do Carmo, 54 anos, também foi assassinado na cidade na porta de casa. Os assassinos pararam o carro na frente da residência do jornalista, chamaram-no pelo nome e, ao serem atendidos, dispararam contra ele. João era proprietário de um site de notícias que denunciava os problemas da cidade.