metropoles.com

Menino morto em incêndio no DF é sepultado sem a presença da mãe e da avó

Enterro foi na Cidade Ocidental e apenas um dos irmãos de Leonardo compareceu. Despesas foram pagas com doações. Mãe segue hospitalizada

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Celimar de Meneses/Metrópoles
Enterro Leonardo menino morto incêndio
1 de 1 Enterro Leonardo menino morto incêndio - Foto: Celimar de Meneses/Metrópoles

O corpo do menino Leonardo Henrique Pereira da Costa foi sepultado na tarde desta terça-feira (6/10), no cemitério da Cidade Ocidental (GO), onde a criança morava com a mãe e os irmãos. Não houve velório e o caixão não pôde ser aberto para uma última despedida devido ao estado do corpo, atingido pelas chamas que levaram Leonardo à morte e destruíram a casa de sua avó materna, em Planaltina, nessa segunda-feira (5/10).

A matriarca da família, a pastora Maria das Graças, 70 anos, não conseguiu sair do Distrito Federal e ir até o Entorno para o sepultamento do neto: desabrigada devido ao incêndio, ela foi acolhida por vizinhos.

Apenas hoje a mãe do garoto, Luzinete Barbosa, 49 anos, soube que o filho não havia sobrevivido. Ela está internada no Hospital Regional da Asa Norte (Hran), com queimaduras de 1º e 2º graus nos braços e nas pernas, sofridas quando tentou tirar o caçula da casa em chamas da avó. Um psicólogo da unidade de saúde deu a trágica notícia a Luzinete, que deve ficar hospitalizada, ao menos, por mais uma semana.

“Garoto querido”

Os únicos familiares presentes no enterro da criança foram o irmão mais velho de Leonardo, Paulo Moisés, acompanhado da mulher. Alguns poucos vizinhos e amigos da família também compareceram. No total, 10 pessoas acompanharam o sepultamento.

Mas o sentimento dos parentes era de gratidão. Conhecidos, como um dono de funerária amigo de Luzinete e a equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) da Cidade Ocidental, onde a mulher trabalhou por anos, ajudaram a pagar as despesas de R$ 3,5 mil – muito alta para os Pereira da Costa arcarem sozinhos.

“É um perda que não tem explicação. O garoto era inteligente, bacana, alto astral, supereducado, querido em todo o nosso condomínio. Ele tinha muitos amigos, sempre iam amigos dele lá em casa. Agora ele tá no céu”, lamentou o confeiteiro Paulo Moisés, 23 anos, irmão mais velho de Leonardo.

Morador de Valparaíso, o rapaz contou que as contribuições ajudaram a dar um enterro digno ao caçula da família. Leonardo foi sepultado cercado por flores e sob o choro sentido de quem o conhecia. Uma inscrição na faixa da coroa de flores depositada sobre o caixão resumiu o sentimento dos presentes: “Ninguém morre enquanto permanece vivo no coração de alguém”.

Veja fotos:

5 imagens
Caixão de Leonardo precisou ficar fechado devido ao estado do corpo
Corpo foi sepultado em Cidade Ocidental: mãe e avó não puderam comparecer
Leonardo estava na casa no momento do incêndio e morreu asfixiado
Ao tentar salvar o filho, Luzinete sofreu queimaduras de 1º e 2º graus
1 de 5

O enterro do menino ocorreu no cemitério de Cidade Ocidental (GO)

Celimar de Meneses/Metrópoles
2 de 5

Caixão de Leonardo precisou ficar fechado devido ao estado do corpo

Celimar de Meneses/Metrópoles
3 de 5

Corpo foi sepultado em Cidade Ocidental: mãe e avó não puderam comparecer

Celimar de Meneses/Metrópoles
4 de 5

Leonardo estava na casa no momento do incêndio e morreu asfixiado

Reprodução
5 de 5

Ao tentar salvar o filho, Luzinete sofreu queimaduras de 1º e 2º graus

Reprodução

 

Causas

A família de Leonardo ainda busca explicações para o incêndio que matou o menino. Segundo a avó da criança, uma das possibilidades é que o garoto estivesse mexendo com fósforos e deu início ao fogo que se alastrou pela residência. Testemunhas disseram tê-lo visto com fósforos na noite anterior à tragédia. “O meu neto gostava de brincar com fogo”, resigna-se a pastora.

O garoto Leonardo não conseguiu sair da residência em chamas e morreu asfixiado em decorrência da inalação de fumaça, segundo peritos do Instituto de Criminalística (IC) da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). No entanto, o laudo definitivo do IC, inclusive o do local, que poderá apontar o que causou as chamas, só deverá ser concluído em 40 dias. O caso é investigado pela equipe da 16ª Delegacia de Polícia (Planaltina).

Veja imagens do local onde ocorreu a tragédia:

6 imagens
No local, havia muito plástico e madeira, que ajudaram as chamas a se alastrarem
A casa foi completamente consumida pelas chamas
Residência era da avó materna do menino
Casa em Planaltina ficou destruída
Menino foi asfixiado pela fumaça, de acordo com PCDF
1 de 6

Entulho no quintal da casa, em Planaltina, onde Leonardo morreu

Matheus Garzon/Metrópoles
2 de 6

No local, havia muito plástico e madeira, que ajudaram as chamas a se alastrarem

Matheus Garzon/Metrópoles
3 de 6

A casa foi completamente consumida pelas chamas

CBMDF/Divulgação
4 de 6

Residência era da avó materna do menino

CBMDF/Divulgação
5 de 6

Casa em Planaltina ficou destruída

CBMDF/Divulgação
6 de 6

Menino foi asfixiado pela fumaça, de acordo com PCDF

Corpo de Bombeiros/Divulgação

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comDistrito Federal

Você quer ficar por dentro das notícias do Distrito Federal e receber notificações em tempo real?