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Justiça decreta prisão preventiva de aluno acusado de matar professor

Anderson da Silva, 18 anos, está foragido desde sexta-feira (30/08/2019), quando esfaqueou e assassinou Bruno Pires

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1 de 1 Anderson Silva - Foto: Facebook/Reprodução

A Justiça de Goiás decretou a prisão preventiva de Anderson da Silva Leite Monteiro, 18 anos. O jovem é acusado de matar, à facada, o professor Bruno Pires de Oliveira, 41, coordenador pedagógico do Colégio Estadual Machado de Assis (Cema), em Águas Lindas de Goiás (GO), no Entorno do DF. O crime, que chocou a cidade, ocorreu nessa sexta-feira (30/08/2019).

O pedido foi feito pelo Grupo de Investigação de Homicídio (GIH). Desde o assassinato, o estudante está foragido. O temor dos policiais era de que, com o fim do flagrante, o suspeito se apresentasse e não pudesse ser preso. Equipes das polícias Civil e Militar de Goiás estão à procura do rapaz, inclusive no Distrito Federal, já que Anderson tem parentes na capital da República.

Bruno Pires será enterrado neste sábado (31/08/2019), às 15h, no cemitério de Taguatinga.

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Manifestação dos estudante da escola na marginal da BR-070
Moradores do município fazem ato pelo professor morto
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Polícia Militar foi acionada no dia do crime
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Rodrigo Mendes, delegado plantonista da 1ª Delegacia de Polícia de Águas Lindas (GO)

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Colégio Estadual Machado de Assis, em Águas Lindas (GO)

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Polícia Militar na entrada de escola no estado de Goiás

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Bruno Pires foi morto na escola

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O crime

Segundo o delegado plantonista de Águas Lindas, Rodrigo Mendes, Anderson “estava muito nervoso” na sexta, por volta das 11h55. Ele se encontrou com Bruno no estacionamento, no momento em que o professor se dirigia até a sua moto para ir embora. Nessa ocasião, o estudante desferiu um único golpe de faca no docente e fugiu. A lâmina perfurou o fígado do educador, que tinha contrato temporário.

“Bruno entrou na sala dos professores e disse que o ‘Anderson Grandão’ o havia atacado. Uma professora nem acreditou e chegou a sair para ver se encontrava o jovem. A vítima chegou a ser socorrida, mas morreu no hospital”, detalha o delegado Mendes.

“A gente ainda está investigando, mas há a hipótese de que ele tenha surtado. O Anderson não é um aluno com histórico de violência, não possui passagens pela polícia, mesmo quando menor, e, apesar de nunca ter tido boas notas, também nunca foi agressivo. Era um aluno aparentemente tranquilo”, conta Mendes. De acordo com o delegado, os pais do menino eram participativos na comunidade escolar.

Quando Anderson saiu da última aula de sexta-feira, a professora estranhou o comportamento do rapaz. O motivo da raiva e nervosismo foi um burburinho que se espalhou pelo colégio de que ele seria desligado do programa Mais Educação, direcionado a alunos dos 6° e do 7° ano e focado em atividades pedagógicas e esportivas. “Pelo visto, ele gostava muito desse programa e a escola não confirmou o desligamento”, acrescentou o policial.

Mais tarde, o delegado titular do Grupo de Investigação de Homicídios (GIH), Cleber Martins, confirmou que o aluno havia sido excluído do programa escolar. “Estamos apurando três versões: uma era a de que ele teria saído por indisciplina; outra, de que ele teria problemas de saúde, possivelmente cardíaco, e desmaiava nas atividades físicas; e também a questão da idade, por ser bem maior e mais velho que os colegas de classe.”

De acordo com o investigador, não foi Bruno quem tirou Anderson do programa. “Foi outra professora, e eu não sei se ele pensou que a vítima tivesse interferido. O aluno vai responder, a princípio, por homicídio qualificado com uso de meio que dificultou a defesa da vítima”, explica.

A faca usada no crime teria sido emprestada por outro colega, ainda do lado de dentro da escola. “Ninguém viu claramente o que aconteceu. Os alunos já tinham sido liberados e os funcionários estavam almoçando na sala dos professores. Não houve reação, ele chegou para os colegas estancando os ferimentos, disse que tinha sido esfaqueado e pediu para ser socorrido”, finalizou o delegado.

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