Hospital de campanha erguido na pandemia é desativado no Entorno
Durante quatro meses de funcionamento em Águas Lindas (GO), unidade com 200 leitos destinados a casos da Covid-19 recebeu 771 pacientes
atualizado
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O Hospital de Campanha de Águas Lindas de Goiás, cidade do Entorno distante 51km do Distrito Federal, foi desativado nesta quinta-feira (22/10). A unidade começou a funcionar em 5 junho para atender a pacientes da Covid-19.
Durante o tempo de funcionamento, a unidade, que tinha 200 leitos, recebeu 771 pacientes. Destes, 480 se recuperaram da doença e 254 morreram. Durante o processo para ser desativado, 37 pacientes que seguiam internados foram transferidos para outras unidades de saúde de municípios próximos.
O fechamento do hospital de campanha ocorreu pela queda no número de casos do novo coronavírus registrados diariamente no estado vizinho ao DF, reduzindo a demanda por internações. Os equipamentos do hospital serão encaminhados para outras unidades de saúde.
No início do mês, a Secretaria de Saúde de Goiás (SES-GO) havia confirmado a desativação. Desde o início da pandemia, em março, segundo a pasta, a unidade foi planejada para ser uma estrutura temporária e suplementar da rede de atenção à saúde, complementando os serviços disponibilizados pelos hospitais fixos. O hospital de campanha é resultado de uma acordo de cooperação entre o Ministério da Saúde e a secretaria.
De acordo com a pasta, antes do término da vigência do acordo, em 22 de setembro, a Secretaria de Saúde de Goiás pediu a prorrogação do espaço. “O posicionamento do Ministério da Saúde, analisando o comportamento da pandemia de Goiás, de estabilização, com tendência de queda sustentada, foi de manter a unidade por mais 30 dias, contados a partir da data de expiração do documento que estabelece a cooperação técnica entre os órgãos, ou seja, até 22 de outubro”, detalhou.
A construção custou cerca de R$ 10 milhões. O hospital foi anunciado em 7 de abril e concluído no dia 23 do mesmo mês. Porém, ele só foi transferido ao governo goiano dois meses depois.
Além da construção, o governo federal arcou com o aluguel e a manutenção da estrutura física. A Secretaria de Saúde organizou toda a operação da unidade e forneceu insumos, medicamentos, equipamentos de proteção e aparelhos médicos.