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Homem troca tiros com invasor na região onde “Novo Lázaro” é procurado

Empresário chegou de caminhonete em chácara de madrugada, foi surpreendido por atirador no alpendre e revidou: “Descarreguei minha arma”

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Caso Novo Lázaro: empresário Caio César Marques diz que trocou tiros com desconhecido em Abadiânia
1 de 1 Caso Novo Lázaro: empresário Caio César Marques diz que trocou tiros com desconhecido em Abadiânia - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

Abadiânia (GO) – A região da fazenda Curralinho das Lajes, na zona rural de Abadiânia, no Entorno do Distrito Federal, foi acordada com 14 barulhos de disparos de arma de fogo na madrugada desta quarta-feira (1º/12). Personagem central do tiroteio foi o empresário Caio César Marques Coelho, de 32 anos. Ele afirma ter trocado tiros, na escuridão, com um homem desconhecido em sua chácara.

O município de Abadiânia é o local para onde teria fugido o criminoso Wanderson Mota Protácio, de 21 anos. Ele é apontado como responsável por uma sequência de três mortes bárbaras em Corumbá de Goiás, no último domingo (28/11). Entre os mortos estão sua companheira grávida de 4 meses e sua enteada de 2 anos de idade. Um vizinho de 73 anos também foi assassinado.

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Empresário Caio César disse que atiraram duas vezes contra ele
Caio César Marques diz que estava chegando na chácara e foi recebido a tiros
Empresário Caio César diz que trocou tiros com desconhecido na zona rural de Abadiânia
Era madrugada quando o empresário chegou no local
Marca de tiro no veículo de empresário
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Marcas de bala também podem ser vistas na alvenaria

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Empresário Caio César disse que atiraram duas vezes contra ele

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Caio César Marques diz que estava chegando na chácara e foi recebido a tiros

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Empresário Caio César diz que trocou tiros com desconhecido na zona rural de Abadiânia

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Era madrugada quando o empresário chegou no local

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Marca de tiro no veículo de empresário

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Marcas de bala também podem ser vistas na alvenaria

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Marca de bala em madeira na propriedade

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De acordo com empresário, alguém teria circulado pela casa

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Pegada de calçado no piso da área externa da casa

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Marcas de bala também podem ser vistas na alvenaria

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Caio explica que uma pessoa andou pela propriedade

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Sozinho na noite

Caio relatou ao Metrópoles que chegou de caminhonete em sua chácara por volta de uma hora da manhã. A região estava sem energia elétrica e estava chovendo. O empresário, que estava sozinho, estacionou sua caminhonete prata e quando desceu do veículo teria ouvido um barulho de vidro se quebrando.

“Achei estranho. Liguei a lanterna do celular, saquei minha arma de defesa pessoal e fui verificar o que era”, contou.

Quando o empresário apontou a lanterna para uma das extremidades do alpendre que cerca a casa da chácara, foi surpreendido por um homem armado. O suspeito era de porte mediano, tinha uma camiseta clara e era magro, segundo o relato. Assim que foi avistado, o invasor teria dado dois tiros na direção de Caio.

“Eu dei doze disparos que era o que eu tinha no carregador na hora. Descarreguei minha arma”, descreveu o empresário, que estava com uma pistola 9mm.

Marcas de tiros

A propriedade ficou com várias marcas de tiros. Um dos disparos que teria sido feito pelo suspeito acertou a caminhonete de Caio acima do pneu. Já os tiros do empresário perfuraram móveis de madeira e uma mureta de concreto da área da casa.

“Quando acabou a munição, eu larguei minha pistola no chão e vazei. Ele sumiu. Eu corri para um lado e ele correu para o outro. Graças a Deus eu não estava com meus filhos e minha esposa”, contou o empresário.

Logo depois do tiroteio, Caio correu a pé na direção da estrada e tentou ligar para a polícia, mas não conseguiu sinal de celular. Ele então enviou uma mensagem de áudio desesperada para o número de WhatsApp de um amigo.

“Descarreguei minha pistola aqui cara. Só que não sei se acertei. Acabou a munição. Estou tentando falar com o 190 aqui é não estou conseguindo. Me ajuda aqui. Você está na cidade, perto da polícia. Manda vir aqui na minha chácara, estou sozinho aqui”, disse ofegante o empresário no áudio.

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Wanderson Mota Protácio é suspeito de matar a própria companheira, grávida, e a enteada em Goiás
O suspeito prestava serviços como caseiro no Entorno do DF
Wanderson Mota Protácio era acusado de matar a esposa e a enteada em Corumbá de Goiás
Caseiro Wanderson Mota Protácio, durante depoimento à Justiça, em 2019
Local onde criminoso matou a família em Corumbá de Goiás
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Cartaz de Wanderson Protácio, suspeito procurado de cometer crimes em série em Corumbá de Goiás

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Wanderson Mota Protácio é suspeito de matar a própria companheira, grávida, e a enteada em Goiás

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O suspeito prestava serviços como caseiro no Entorno do DF

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Wanderson Mota Protácio era acusado de matar a esposa e a enteada em Corumbá de Goiás

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Caseiro Wanderson Mota Protácio, durante depoimento à Justiça, em 2019

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Local onde criminoso matou a família em Corumbá de Goiás

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Veículo abandonado tinha marcas de sangue

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Carro usado em fuga foi abandonado na beira de rodovia

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PM

Viaturas da Polícia Militar estiveram no local ainda na madrugada e equipes de policiais realizaram buscas na chácara e na mata ao redor. Foi encontrada uma garrafa quebrada e um armário com panelas revirado. Também havia algumas pegadas de lama no chão. Equipes da Polícia Civil e da Polícia Científica estiveram na chácara nesta quarta-feira recolhendo impressões digitais e material para exame de DNA.

Caio tem convicção de que o suspeito era o bandido Wanderson. O caseiro da chácara, que acordou com os tiros, deixou o local porque está com medo. O empresário trancou a propriedade e voltou para sua casa em Anápolis.

Mortes em série

Os crimes em série de Wanderson Protácio teriam sido praticados no fim da tarde de domingo (28/11). De acordo com a Polícia Civil, o jovem teria matado a facadas a própria esposa, Raniere Aranha Figueiró, de 19 anos, e a filha dela, Geysa Aranha da Silva Rocha, de 2 anos.

Na sequência, o caseiro invadiu a casa de um vizinho, roubou o revólver dele e matou a tiros o produtor rural Roberto Clemente de Matos, de 73 anos. Ele teria cometido o crime para roubar uma camionete. Neste mesmo episódio, teria tentado estuprar a esposa da vítima, de 45 anos, não conseguiu e a baleou. A mulher sobreviveu.

A caminhonete roubada foi abandonada em uma rodovia da região. Wanderson vendeu o celular que pertencia a sua esposa a um receptador de Alexânia, que acabou sendo preso.

Facadas

Essa onda de crimes não é única passagem de Wanderson pelo mundo do crime. Em 2019, ele esfaqueou várias vezes uma jovem de 18 anos no dia do aniversário dela. O caso foi em Goianápolis (GO). O agressor só parou com os ataques porque a faca quebrou. Ele chegou a ser preso pela tentativa de feminicídio, mas foi solto.

Chama a atenção o caso de Wanderson e as semelhanças com a história do criminoso Lázaro Barbosa, de 32 anos, que cometeu crimes em série no Entorno do DF em junho deste ano. Após cometer homicídios em sequência, o também caseiro passou 20 dias fugindo das forças policiais na região, até ser morto em um confronto no dia 28 de junho.

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