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“Eu poderia ter sido morto”, diz taxista que transportou “Novo Lázaro”

Taxista levou Wanderson Protácio de Alexânia a Abadiânia (GO), na segunda (29/11); horas antes o passageiro teria matado 3 pessoas ali perto

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Taxista transportou Wanderson Mota Protácio, suspeito de três mortes em Goiás, de Alexânia a Abadiânia, no Entorno do DF
1 de 1 Taxista transportou Wanderson Mota Protácio, suspeito de três mortes em Goiás, de Alexânia a Abadiânia, no Entorno do DF - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

Abadiânia (GO) – Um taxista que preferiu não se identificar foi o responsável por levar o caseiro Wanderson Mota Protácio da cidade de Alexânia para Abadiânia. Isso ocorreu na manhã da última segunda-feira (29/11), poucas horas depois do homem ter matado três pessoas em Corumbá de Goiás, conforme a polícia.

Entre assustado e aliviado, o taxista sabe o risco que correu. Ele reconhece pode ter viajado por alguns quilômetros com a morte sentada bem ao seu lado:

“Eu poderia ter sido morto”.

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Mensagens chegaram no celular do taxista no momento em que ele transportava o suspeito, mas ele só as viu depois
Rodoviária de Alexânia, onde Wanderson Protácio teria planejado embarcar para Goiânia
Guichê de empresa de ônibus em Alexânia onde Wanderson comprou bilhete de passagem para a capital
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Taxista transportou Wanderson Mota Protácio, suspeito de três mortes em Goiás, de Alexânia a Abadiânia, no Entorno do DF

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Mensagens chegaram no celular do taxista no momento em que ele transportava o suspeito, mas ele só as viu depois

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Rodoviária de Alexânia, onde Wanderson Protácio teria planejado embarcar para Goiânia

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Guichê de empresa de ônibus em Alexânia onde Wanderson comprou bilhete de passagem para a capital

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Passagem para capital

Segundo testemunhas, Wanderson chegou na rodoviária de Alexânia e comprou uma passagem de R$ 35 para Goiânia, mas pouco antes do horário da saída do ônibus, ele decidiu ir de táxi até a cidade vizinha de Abadiânia. A atendente da empresa de ônibus se lembra do momento da compra, mas não observou nada de suspeito.

O taxista que fez a viagem com o criminoso contou ao Metrópoles que não suspeitava dos crimes cometidos pelo passageiro que estava levando. Ele disse que fez a viagem de forma rápida, pois nunca tinha visto o cliente e, quando isso acontece, fica cismado.

 

No meio do caminho, o táxi com Wanderson passou por uma barreira policial. Esse foi o único momento que o criminoso fez algum comentário, segundo o taxista.

“A gente encontrou com uma viaturas na beira da pista e ele falou: ‘Tem muita viatura na pista hoje’. Aí eu respondi que não, que ali era um posto estratégico que os policiais ficam tomando um cafezinho”, descreveu o taxista para a reportagem.

Mensagens perigosas

Durante o trajeto de 30 quilômetros entre as duas cidades, o taxista recebeu várias mensagens pelo WhatsApp de um amigo alertando sobre o perigoso bandido que estava à solta, mas o motorista só foi abrir o aplicativo depois que deixou o bandido na rodoviária de Abadiania.

“Foi meu anjo da guarda que não deixou eu abrir as mensagens na viagem. O celular estava no pára-brisa e o bandido estava sentado do meu lado. Não sei o que ele teria feito se eu tivesse olhado a mensagem e ele visse”, relatou o taxista.

Quando viu a foto do bandido pelo WhatsApp e reconheceu que era o passageiro que tinha acabado de deixar em Abadiânia, o taxista disse que gelou e ficou cerca de 10 minutos paralisado, em choque. Sua primeira atitude em seguida foi entrar em contato com um conhecido da Polícia Militar. Depois disso, o motorista deu depoimento para na delegacia. Ele conta que continua abalado e até hoje está com dificuldade pra trabalhar.

“Estou em choque até agora, não estou conseguindo trabalhar, não estou conseguindo andar na rua. Estou cismado e estou com medo. Parece que quando vou na rodoviária, ele vai chegar ali a qualquer momento de novo”

As buscas por Wanderson se concentraram em Abadiânia já na segunda-feira, mesmo dia que fez a viagem de táxi. Esse que foi o primeiro dia de buscas contou com helicópteros, cachorros farejadores e diferentes batalhões especializados da PM. Nesta quinta (2/12), muito da estrutura foi desmobilizada ou deslocada para outro ponto ainda desconhecido.

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Cartaz de Wanderson Protácio, suspeito procurado de cometer crimes em série em Corumbá de Goiás
Wanderson Mota Protácio é suspeito de matar a própria companheira, grávida, e a enteada em Goiás
Wanderson Mota Protácio era acusado de matar a esposa e a enteada em Corumbá de Goiás
Caseiro Wanderson Mota Protácio, durante depoimento à Justiça, em 2019
Local onde criminoso matou a família em Corumbá de Goiás
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Wanderson Mota Protácio tinha antecedente criminal por homicídio

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Cartaz de Wanderson Protácio, suspeito procurado de cometer crimes em série em Corumbá de Goiás

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Wanderson Mota Protácio é suspeito de matar a própria companheira, grávida, e a enteada em Goiás

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Wanderson Mota Protácio era acusado de matar a esposa e a enteada em Corumbá de Goiás

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Caseiro Wanderson Mota Protácio, durante depoimento à Justiça, em 2019

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Local onde criminoso matou a família em Corumbá de Goiás

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Veículo abandonado tinha marcas de sangue

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Carro usado em fuga foi abandonado na beira de rodovia

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Homicídios

Os crimes em série de Wanderson Protácio teriam sido praticados no fim da tarde de domingo (28/11). De acordo com a Polícia Civil, o jovem teria matado a facadas a própria esposa, Raniere Aranha Figueiró, de 19 anos, e a filha dela, Geysa Aranha da Silva Rocha, de 2 anos.

Na sequência, o caseiro invadiu a casa de um vizinho, roubou o revólver dele e matou a tiros o produtor rural Roberto Clemente de Matos, de 73 anos. Ele teria cometido o crime para roubar uma camionete. Neste mesmo episódio, teria tentado estuprar a esposa da vítima, de 45 anos, não conseguiu e a baleou. A mulher sobreviveu.

A caminhonete roubada foi abandonada em uma rodovia da região. Wanderson vendeu o celular que pertencia a sua esposa a um receptador de Alexânia, que acabou sendo preso.

Faca

Essa onda de crimes não é única passagem de Wanderson pelo mundo do crime. Em 2019, ele esfaqueou várias vezes uma jovem de 18 anos no dia do aniversário dela. O caso foi em Goianápolis (GO). O agressor só parou com os ataques porque a faca quebrou. Ele chegou a ser preso pela tentativa de feminicídio, mas foi solto.

Chama a atenção o caso de Wanderson e as semelhanças com a história do criminoso Lázaro Barbosa, de 32 anos, que cometeu crimes em série no Entorno do DF em junho deste ano. Após cometer homicídios em sequência, o também caseiro passou 20 dias fugindo das forças policiais na região, até ser morto em um confronto no dia 28 de junho.

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