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“Equívoco muito grande”, disse bispo de Formosa ao ser preso

Imagens às quais o Metrópoles teve acesso mostram o momento em que dom José Ronaldo e o juiz eclesiástico Thiago Wenceslau são detidos

atualizado

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Simonny Santos/Especial para o Metrópoles
bispo preso
1 de 1 bispo preso - Foto: Simonny Santos/Especial para o Metrópoles

“Acho que tem um equívoco muito grande nessa decisão aí”. Foi assim que reagiu o bispo de Formosa, dom José Ronaldo, ao ser notificado pelo promotor do Ministério Público Douglas Chegury, na última segunda-feira (19/3), sobre os mandados de prisão temporária e busca e apreensão expedidos pela Justiça.

A decisão foi tomada após investigação do MP de Goiás (MPGO) que apontou desvios de dízimos, doações, taxas oriundas de batismo, casamento e festas da diocese local, contabilizando mais de R$ 2 milhões. Além de dom José Ronaldo, outras oito pessoas foram presas temporariamente. Entre elas, padres e também o juiz eclesiástico Thiago Wenceslau, acusado de vir de São Paulo a mando do bispo com o objetivo de intimidar os padres para manter o esquema de desvios em segredo.

Na última sexta-feira (23/3), o juiz da 2ª Vara Criminal de Formosa, Fernando Oliveira Samuel, concedeu a prisão preventiva de oito dos nove acusados que estavam detidos, inclusive o bispo, que chegou a levantar suspeitas sobre uma possível fuga para a Itália.

No total, 11 pessoas foram acusadas pelos crimes de associação criminosa, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e apropriação indébita. Confira:

 

 

Bispo José Ronaldo Ribeiro: associação criminosa, falsidade ideológica e apropriação indébita

Monsenhor Epitácio Cardozo Pereira: apropriação indébita e associação criminosa

Darcivan da Conceição (contador): associação criminosa e falsidade ideológica

Guilherme Frederico Magalhães (secretário da Cúria): associação criminosa e apropriação indébita

Mário Vieira de Brito (padre): associação criminosa, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica

Thiago Wenceslau de Barros (juiz eclesiástico): associação criminosa e falsidade ideológica

Waldson José de Melo (padre): apropriação indébita e associação criminosa

Antônio Rubens Ferreira e Pedro Henrique Costa (empresários apontados como laranjas no esquema): lavagem de dinheiro

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