Embaixada tenta liberar corpo de japonesa morta em cachoeira de Abadiânia
Hitomi Akamatsu, 43 anos, foi estrangulada por um homem na cachoeira de propriedade da Casa Dom Inácio de Loyola, onde João de Deus atendia
atualizado
Compartilhar notícia
Após a identificação do corpo encontrado em Abadiânia (GO), nessa terça-feira (17/11), a Embaixada do Japão tenta contato com familiares de Hitomi Akamatsu, 43 anos, para comunicar a morte dela. A representação do Japão no Brasil já teria começado o procedimento para translado do corpo.
Em nota enviada ao Metrópoles, a embaixada afirma ainda que trabalha com as forças policiais desde que foi notificada sobre a tragédia ocorrida dentro da cachoeira da Casa Dom Inácio de Loyola, lugar onde o ex-médium João de Deus atendeu por muitos anos. Informou ainda que auxilia “na comunicação com pessoas relacionadas à vítima” e aguarda maiores informações para que novas providências sejam tomadas.
O Instituto Médico Legal (IML) de Goiás aguarda a apresentação de documentos por parte da embaixada para liberar o corpo. Segundo a instituição, responsáveis da representação asiática compareceram à Polícia Científica de Anápolis, onde os exames no cadáver foram realizados.
Latrocínio
Hitomi Akamatsu foi encontrada morta na segunda-feira (16/11). A polícia prendeu um rapaz de 18 anos, que assumiu a autoria do crime. Ele contou aos investigadores que precisava de dinheiro para pagar uma dívida que tinha com traficantes da região. Por isso, tentou assaltar Hitomi, que teria reagido. Com medo de ser denunciado, assumiu ter enforcado a vítima com uma camisa e escondido o corpo.
A japonesa era sobrevivente do acidente nuclear de Fukushima, ocorrido em 2011, no Japão, e estava desaparecida havia mais de uma semana, no Entorno do Distrito Federal, segundo a Polícia Civil de Goiás (PCGO). “Ela se mudou para o Brasil havia cerca de dois anos, para fazer um tratamento espiritual na cidade. Segundo informações, ela saiu do Japão após sobreviver ao acidente da usina de Fukushima, inclusive por isso procurou tratamento”, explica o delegado Albert Peixoto.
Hitomi era adepta dos procedimentos espirituais oferecidos pela Casa Dom Inácio Loyola. A Polícia Civil de Goiás, no entanto, não faz ligação da morte da estrangeira com as investigações envolvendo o ex-médium, que foi preso e condenado por estupro dentro do centro espiritual.
A PCGO investigava o desaparecimento de Hitomi desde domingo (15/11), quando um amigo da vítima procurou os policiais para dizer que não tinha notícias da mulher fazia uma semana.