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Digão, dos Raimundos, e Natiruts se unem para ajudar a ONG Salve a Si

A entidade, que trata dependentes químicos, precisa de pelo menos R$ 75 mil para reformar o espaço e construir um novo dormitório

atualizado

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Salve a Si
1 de 1 Salve a Si - Foto: null

Com quase dez anos de existência, a ONG Salve a Si já ajudou mais de 4 mil dependentes químicos a lutarem contra o vício. Agora, é a instituição que precisa de auxílio. São necessários pelo menos R$ 75 mil para reformar o dormitório antigo e a Casa Sede, e construir um novo espaço.

Segundo o fundador da entidade, José Henrique França, a reforma precisa ser feita até meados do ano que vem. “Transformei um curral em alojamento para construir a ONG e ele tem algumas limitações: o telhado é feito de amianto, – substância que teve seu uso proibido pelo Supremo Tribunal Federal em 29 de novembro – e muito baixo. A Vigilância Sanitária autorizou a reforma, mas precisamos terminá-la até março”, ressalta.

Para angariar fundos, a entidade organizou uma campanha on-line, que conta com a participação do cantor Digão, dos Raimundos, e da banda Natiruts. “Eles gostam da musicoterapia que oferecemos e surgiu a ideia de chamar uma equipe de cinema e fazer vídeos para pedir ajuda”, conta França.

Confira:


À reportagem, França contou que conseguiu arrecadar dinheiro e materiais de construção para começar as obras, mas afirmou não ter condições de cumprir o prazo sem ajuda. “Muita gente colaborou, mas ainda há muito a ser feito. Estamos desesperados com essa verba”, afirma.

Estrutura
De acordo com o fundador, a Salve a Si atende 80 homens atualmente. Com as reformas, esse número pode subir para 136. O local conta com 110 leitos e chegará a 170 após a obra.

“Oferecemos o melhor tratamento, por empenho nosso. Na ONG, lutamos contra o preconceito em relação a dependentes químicos. Queremos mostrar que há, sim, uma reabilitação. Eu fui dependente e estou livre há dez anos. Eles também podem”, destaca.

A ONG conta ainda com uma área de capacitação para os pacientes. Na Casa Sede, eles são incentivados a participar de projetos de agrofloresta, horticultura orgânica, viveiro de nativas, piscicultura e pomarismo.

Devido à falta de estrutura, o local está desativado e as aulas ocorrem ao ar livre. “Queremos restaurá-la e reativar a escola, onde oferecemos cursos para nossos pacientes”, destaca.

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Alojamento antigo, que, segundo França, foi adaptado de um curral
A ONG conseguiu arrecadar dinheiro e materiais de construção para começar as obras
Esta é a frente do novo alojamento
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A Casa Sede está desativada devido a problemas de estrutura

SALVE A SI/DIVULGAÇÃO
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Alojamento antigo, que, segundo França, foi adaptado de um curral

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A ONG conseguiu arrecadar dinheiro e materiais de construção para começar as obras

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Esta é a frente do novo alojamento

SALVE A SI/DIVULGAÇÃO

Vamos lutar para melhorar a vida dos meninos e futuramente expandir o tratamento para mulheres e adolescentes.

José Henrique França, fundador da ONG Salve a Si

Histórias marcantes
Metrópoles contou, no último dia 25, a história da família do vigilante Orlandino Ferreira Roque, de 44 anos, viciado em crack e cocaína há 30 anos. O salário que ganhava ia quase todo para traficantes de Ceilândia e ele chegou a gastar R$ 35 mil em crack em apenas um mês.

Depois de 20 anos, Orlandino reencontrou um filho, o militar Leonardo Ferreira Roque, 24, que o convenceu a se tratar. Leonardo levou o pai para a ONG Salve a Si, e ele deve concluir o tratamento em abril de 2018.

Há quatro meses recolhido na casa, Orlandino apresenta evolução impressionante. Entrou esquelético, com 58kg, e agora pesa 90kg. Também conta ter rememorado o gosto dos alimentos, antes inibido pela química das substâncias ilícitas.

Em novembro, retratamos a história do ex-mendigo Adeílson Mota de Carvalho, de 41 anos. Há pouco mais de quatro anos, o maranhense de Carolina vivia maltrapilho perambulando pelo Plano Piloto. Pesava menos de 60 quilos – hoje tem 90kg. A alimentação não era prioridade, pois o dinheiro que conseguia catando latinha e vigiando carros era investido em pedras de crack.

A vida de Adeílson mudou, quando foi internado na ONG. O tratamento não apenas o fez largar o crack, mas também o inspirou a resgatar o dom da marcenaria aprendido na infância. O tempo de sem-teto ficou definitivamente no passado. De lá para cá, Adeílson tem investido na carreira e se desdobrado para cumprir as ordens de serviço. São 20 trabalhos que devem ser entregues até fevereiro de 2018.

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O ex-mendigo Adeílson Mota se tratou na Salve a Si e voltou a trabalhar com madeira. Hoje, ele é empresário
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Orlandino se recupera na Salve a Si, depois de 30 anos de vício em crack e cocaína. O filho Leonardo o convenceu a se internar

Rafaela Felicciano/Metrópoles
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O ex-mendigo Adeílson Mota se tratou na Salve a Si e voltou a trabalhar com madeira. Hoje, ele é empresário

Hugo Barreto/Metrópoles

Ajuda
Quem quiser ajudar na construção e na reforma da ONG, pode acessar o site da campanha, entrar em contato com Henrique, pelo telefone (61) 99997-5010, ou ainda fazer sua doação por depósito em conta bancária. Seguem os dados:

Razão Social: ONG Salve a Si
CNPJ: 11.208.669/0001-90

Banco do Brasil:
Agência: 2887-8
Conta Corrente: 14875-X

Caixa Econômica Federal:
Agência: 2893
Operação: 003
Conta Corrente: 00002033-4

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